Publicado às 06h25 deste sábado (7)

Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Andei, andei, andei, até encontrar. No coração do sertão esse é o meu lugar. Com suas rochas lascadas, o Açude Borborema contempla Serra Talhada no leito de suas águas, a minha terra adorada. Já foi vila e hoje é serra, tem um charme que encanta a sua beleza eterna.

Serra Talhada querida, és um banho de emoção, tens uma beleza pura, que encanta o sertão. No centro a Matriz da Penha, passa as suas bênçãos. Serra Talhada hoje em dia, é a princesa do sertão. Minha terra, minha vida, quanto mais o tempo passa, mais bonita ela fica.

Enquanto o azul celeste reflete a sua beleza, dentro do espelho d’água, vai emoldurando um quadro que está sendo pintado pela própria natureza. É uma obra divina que passa muita emoção, dando um toque de magia no coração do sertão.

Passei tantos anos longe do meu querido lugar, agora eu sinto a emoção de poder reencontrar. O bom filho à casa torna, hoje eu curto a minha terra, a saudade foi embora. A natureza me ensina a dar a volta por cima, foi bem no pé dessa serra que começou a minha história, é aqui o meu lugar. Meu coração se anima e diz que eu vim pra ficar. Quando eu olho para cima, e vejo o azul do céu, dar vontade de chorar. Tem passarinho cantando, tem sanfoneiro tocando, só está faltando encontrar, a majestade o Sabiá.