Publicado às 06h08 desta segunda-feira (9)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Neste final de semana fiquei sabendo que a competente comunicadora Juliana Lima foi demitida da Rádio Cultura FM, após mais de um ano de bons serviços prestados. Ora, o fato é normal no sistema capitalista, uma vez que os operários não são donos dos meios de produção.

Entretanto, traço estas linhas porque há rumores de que a demissão da jornalista teria um contexto político. Não estou afirmando, mas comentando.

Fui vítima de perseguição política em duas emissoras de rádio em Serra Talhada. Ter opinião própria, que atinge os interesses econômicos das empresas, é quase um pecado mortal. É bem verdade que a Juliana já não estava muito satisfeita com a relação de trabalho, mas se teve viés político, prova que Serra Talhada ainda atua como subserviente dos interesses de alguns.

Mas minha indignação é maior sob outro ponto de vista. A própria Juliana Lima revelou que houve um certo entusiasmo e até vibração por parte de alguns colegas de profissão, e por tabela, agentes ligados ao governo municipal também comemoraram. Acredito que a ‘roda gira’ e ninguém esta imune ao ‘fogo do inferno’ em Serra Talhada. Porém, quem tem opinião própria precisa ser respeitado. Já fui vítima e não bato palmas para este tipo de expediente. Somos todos Juliana!