Publicado às 17h45 desta quarta-feira (2)

Com 32 anos e muita experiência no ramo de abatedouros, o empresário André Soares se orgulha de inaugurar em Serra Talhada o mais novo empreendimento da cidade. Em entrevista ao Falando Francamente dessa quarta-feira (2), na TV Farol, o proprietário falou sobre o processo de licitação da concessão pública com Prefeitura Municipal e o modelo de abate que se preocupa com a responsabilidade ambiental. A obra tem previsão de gerar 40 empregos diretos.

”A gente já atua dentro dos abatedouros desde os anos 1990. Meu pai compra couro bovinos. A questão ambiental não suporta mais esse modelo que existe muito antigo. Rodamos no estado e vimos essa nova modalidade só para a questão de terceirização de serviço. A prefeitura faz uma concessão, não abate mais e passa para uma empresa. Aqui em Serra Talhada, houve uma concessão em 2017, participamos com a concorrência, foi a leilão ainda e graças a Deus conseguimos arrematar”, destacou Soares.

O novo abatedouro deverá ser inaugurado neste mês de março. A obra era para ter sido finalizado em dezembro de 2021, mas a empresa sofreu atrasos e aumento de custos devido a pandemia do Covid-19. A construção começou em maio de 2021 com orçamento inicial que girava em torno de R$ 1,7 milhão finalizará em R$ 3 milhões.

“Um empreendimento desse que mexe com um sistema de qualquer lugar não é liberado atoa não. A gente fez um estudo de quantos quilogrâmetros de lá para o aeroporto em linha reta. Tem o limite mínimo que o abatedouro pode estar próximo do aeroporto e também na margem do rio. A gente tem que fazer um estudo de qual impacto terá naquela região. Esse estudo foi encaminhado para o CPRH. A gente contrata um engenheiro ambiental, faz o estudo, o CPRH vem fazer a vistoria  e faz a liberação.

PREOCUPAÇÃO COM A LOCALIZAÇÃO

André Soares explicou que a localidade pensada além de observar a distância do Aeroporto de Serra Talhada também se preocupou com a distância do leito do Rio Pajeú. Além de destinar os resíduos animais para outras empresas que aproveitam a matéria prima para a alimentar a produção de outras indústrias.

“Nós estamos no Saco da Roça, mas é no outro sentido,  a gente tem a guarita, segue direto uns 500 metros, entra à direita do outro lado. Estamos há uns 200 metros da pista e não tem acesso ao rio, não tem nenhum córrego que leve direto ao rio. As vísceras fazem parte da biodiversidade econômica, hoje se aproveita tudo. Existem empresas de graxarias que compram todos esses produtos. A gente pode não botar uma graxaria porque não é viável para a gente por questão de volume, mas a gente vai se credenciar a uma, que eles vão fazer essa coleta semanal”, finalizou.

VEJA A ENTREVISTA NA TV FAROL SOBRE O NOVO MATADOURO