Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Quando amanhece o dia no meu sertão, parece que a natureza tem coração. Ao fundo a serra observa todo cenário, com o vale à sua frente sendo iluminado. As águas do açude da Borborema no meu sertão, dão banhos de alegrias e emoção. O sol vai aparecendo pintando o lago com um vermelhão. As canoas ficam ancoradas esperando o nascer do dia, num galho de pau-pereira o canto de uma rolinha traz alegria. Um brilho no espelho d’água mostrando os raios do sol, e a serra cheia de talhos espalha sua magia ao seu redor.

No rádio está tocando a “Majestade o Sabiá”, enquanto eu preparo a minha rede preguiçosa para deitar. É o amanhecer do dia que está chegando cheio de emoção, enquanto a mãe natureza derrama a sua pureza na região.

É o encontro do sol com o arvorecer e toda magia, com a noite sendo rendida trocando o turno ao nascer do dia. Diante desse cenário de beleza e emoção, eu fico aqui parado, foi bem nesse pé de serra onde eu nasci e deixei ficar o meu coração.