Fotos do Farol de Notícias/ Celso Garcia

Publicado às 19h desta sexta (7)

A maioria das pessoas optam por uma vida sossegada, um emprego fixo, uma vizinhança agradável e reuniões com amigos do tempo de escola. Outras pessoas preferem ter uma vida cheia de aventuras, colecionando amigos e histórias, conhecendo lugares e apreciando paisagens. Essa foi a escolha de Javier Bertiola, 28 anos, mais conhecido como “Rata”, que desde os 17 anos já tinha decidido que ia conhecer o mundo.

Filho de um agricultor e uma professora, ele aprendeu malabares ainda novo, há 9 anos decidiu mostrar sua arte pelo mundo e já está há 5 anos girando o Brasil. Javier veio da Patagônia no Chile, do extremo sul ao Nordeste brasileiro ele afirma que: “Às vezes prefiro o frio da Patagônia, mas às vezes prefiro o calor, o Nordeste é meu coração”.

COMO ENTROU NO BRASIL

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“Rata” contou ao Farol que entrou no país pela Amazônia em Tabatinga, depois foi para o Pará e Ceará. De lá, chegou Pernambuco. “Já estou há 3 anos aqui. Gosto demais desse estado, eu rodo de Recife a Petrolina. Às vezes fico 3 meses numa cidade, ou o que der. Eu saí de casa querendo conhecer o mundo, mostrar a minha arte, faço malabares há 15 anos. Pego ônibus, carona, já viajei de bike, tenho meu cachorro que está lá em casa. Com minha arte eu vivo, compro minha comida, pago passagens, pago hospedagem”, detalhou.

A DECISÃO DE VIAJAR E MEXER COM O FACÃO

O artista conta que decidiu sair de casa para conhecer o mundo quando tinha 17 anos. Desde então, viaja há 9 anos. “Há 6 anos que não volto em casa. Sempre falo com minha família, mantenho o contato, também tenho as redes sociais. Aprendi a mexer com os facões no Peru, porque eu perdi meu brinquedo e lá fui à procura do que fazer aí encontrei o facão, como já fazia com os brinquedos então para mexer com o facão ficou a mesma coisa. Hoje em dia eu já perdi o medo, mas me cortei várias vezes”.

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AMOR POR OLINDA

Javier terminou todo o ensino básico, ainda entrou na universidade, mas logo ganhou o mundo. Um dos lugares mais lindos que ele diz que já visitou foi Alter do Chão. Ele se diz apaixonado por Olinda, lugar em que conheceu seu cachorrinho e companheiro de viagem. Sua próxima aventura, assim que deixar Serra Talhada, será burocrática para o Consulado do Chile em Fortaleza, mas ainda espera conhecer vários outros lugares.

UM CACHORRO COMO AMIGO

“Sempre trabalhei com semáforo, nunca tive trabalho fixo. Hoje em dia viajo com meu cachorro para todo canto, ele veio de Olinda comigo e já tem 8 meses. Sempre trabalhei muito de boa, em todos os cantos que passei nunca tive problema com ninguém. Tenho que ir na luta para conseguir ter minhas coisas, eu trabalho 4 horas por dia, 2 horas de manhã e 2 horas de tarde. Estou pensando em ir para Fortaleza, porque perdi meus documentos e lá tem o Consulado para eu poder tirar minha documentação”, afirmou.

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Javier: “Às vezes prefiro o frio da Patagônia, mas o Nordeste do Brasil está no meu coração”