Por Giovanni Sá Filho, jornalista e editor do Farol de Notícias

Publicado às 05h17 deste domingo (15)

Hoje é o grande dia, em que a população irá escolher mudar o seu próprio futuro. O modelo representativo, apesar de ser cheio de falhas, ainda – ao meu ver – parece o mais adequado atualmente para empreender um caminho de busca por uma sociedade realmente democrática. Quando digo realmente, faço inspirado numa frase do escritor italiano Giuseppe di Lampedusa, que diz: “É preciso que tudo mude, para que tudo permaneça como está”.

Com base nesse pensamento, busco chacoalhar a cabeça de todos nós aqui, sobre o conceito de mudança nas eleições municipais. Até que ponto nosso voto está condicionado por um discurso de mudança, quando na verdade velhas forças ainda movem as engrenagens na política serra-talhadense, seja a partir de um sobrenome familiar ou por valores que brotam do moralismo beligerante em voga em nosso país.

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Mudar os rostos do atual jogo político na cidade me parece ser mais uma dose prática de ilusionismo. Parecemos estar num beco sem saída? Tenho alguns amigos que sem muita dificuldade se recusam a injetar o voto útil em qualquer um dos candidatos que disputam a Prefeitura atualmente. Por outro lado, eu digo-lhes: não anulem o voto. Parece facécia. Mas não é, não é mesmo!

É o dilema do eleitor crítico e com quem me solidarizo profundamente. É para estes que escrevo agora e para quem canto em silêncio em minha mente os versos do imortal Cazuza: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades…”. A vocês desejo-lhes iluminação, paciência e uma boa dose de resiliência no dia hoje. Uma boa eleição a todos!

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No vídeo aqui abaixo vai a dica musical deste editor para este domingo de eleições

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