distrito industrialPor João Novaes, Engº Civil de Serra Talhada – especializado em auditoria, avaliações de imóveis e perícias em engenharia

Na década de 70, um canal de Televisão apresentou uma novela intitulada: “O Feijão e o Sonho”, nela o autor retrata a luta desigual de um poeta que queria viver dos seus escritos (o sonho) e a dura realidade da vida (o feijão).

Podemos fazer um paradigma entre o que foi citado anteriormente e a questão da implantação de um Distrito Industrial em Serra Talhada. O Governo de Estado cedeu uma área de 200 (duzentos) hectares, ou seja, 2.000.000 (dois milhões de metros quadrados) próxima a cidade. Nesse ínterim, falou-se a até que algumas indústrias estavam relacionadas para se instalarem no local programado. Mas como isso poderia acontecer sem que ali existisse qualquer infra-estrutura? Senão vejamos:

1) Para que uma indústria possa funcionar torna-se imprescindível que seja instalada uma pequena subestação com a finalidade de fornecer a energia necessária para as máquinas operadoras;

2) Nada nesse mundo  funciona sem a presença da água, então, será que a adutora ou o sistema de poços artesianos já haviam sido implantados?

3) A industrialização, seja de produtos manufaturados, têxteis, produtos agro-pecuários, da construção civil ou outros quaisquer, provoca o acúmulo de resíduos sólidos, então, nesse local seria necessária uma mini usina de resíduos sólidos ou lixo;

4) Outro ponto muito importante, é a questão do sistema final de esgoto para o tratamento dos dejetos e partes secundárias. Será que o CPRH foi informado de alguma ação nesse sentido, pois hoje em dia, tudo precisa de um projeto bem elaborado para minimizarmos as agressões ao meio ambiente;e

5) E os acessos? E a pavimentação?  o sistema de transporte para o deslocamento dos trabalhadores?

Então senhores, é preciso ter cuidado quando formos tratar de certas coisas, porque entre a utopia e a realidade existe uma distância enorme.

Como seria bom que realmente esse Distrito Industrial fosse implantado. Na prática, teríamos os jovens ocupados em coisas boas e assim a violência seria diminuída ou até extinta.