
Por Paulo César Gomes, Professor e escritor, colunista do Farol
Afirmação é mais que justa quando se coloca na balança o peso da palavra final de Marília.
Se ela disser sim a Márcia Conrado acabará sepultando a candidatura de Luciano Duque.
Por outro lado, se der o sinal verde para Duque, teremos um dos embates eleitorais mais empolgantes da história.
Colocando frente a frente o criador e a criatura.
Também se repetirá o confronto entre a prefeita que quer ficar por mais quatro anos e um ex-prefeito querendo voltar.
Um cenário idêntico a 2008. Quando ocorreu o confronto entre Carlos Evandro e Geni Pereira, na ocasião Carlos acabou sendo reeleito.
A ausência de Marília no evento do último dia 6 de abril chamou a atenção de muita gente. Isso porque a presença da ex-deputada federal era dada como certa por integrantes do governo municipal.
Porém, a expectativa continua a mesma. Alguns já cravam que ela estará aqui em Serra Talhada entre 12 ou 15 dias para anunciar o apoio do partido Solidariedade a prefeita Márcia Conrado.
A empolgação governista é tão grande que nas últimas horas que antecederam o fechamento do prazo de filiação partidária foi montada uma força tarefa.
Isso para garantir a quantidade de nomes necessária para fechar a chapa do Solidariedade.
No outro extremo, aliados do deputado Luciano Duque afirmam que a possibilidade dele ser candidato a prefeito hoje é de quase 80%.
Os gestos históricos feitos por Duque em favor da neta de Miguel Arraes estão pesando bastante.
O grupo duquista anda muito motivado. Principalmente, depois da ausência da vice-presidente nacional do Solidariedade no evento do último sábado.
Segundo fontes da tropa de choque do deputado estadual:
“Se Marília tivesse vindo para Serra Talhada para subir no palanque de Márcia Conrado e Sebastião Oliveira, estaria quebrando a palavra dada a Luciano dias antes”.
Isso quer dizer que os dois grupos já dão como certo o apoio da líder do Solidariedade.
É importante registrar que em Caruaru, Marília Arraes, Sebastião Oliveira e João Campos estão em palanques diferentes.
O que mostra que em cada cidade o contexto partidário é diferente.
De qualquer modo, vamos observar se “o mar” reservar para a cidade apenas marolinha, uma grande onda ou um novo tsunami.