Publicado às 05h07 desta segunda-feira (18)

Por Cornélio Pedro, servidor público aposentado

Esses dias me deparei com algumas cenas hilárias (se não fossem trágicas), uma amiga minha estava se debatendo a procura de quem concertasse a perna dos óculos para que pudesse trabalhar e dirigir (não era falta de dinheiro para pagar).

Na mesma semana tinha um conhecido motorista de caminhão que precisava consertar os óculos, pois o cachorrinho dele mastigou (não chegou a engolir pedaços) das pernas dos óculos, por isso estava impedido de viajar e cumprir a importante missão de herói das estradas.

Vi também uma mulher com a caixa de óculos e uma receita na mão, batendo incansavelmente na porta de uma das óticas das cidade para comprar óculos de grau.

E para completar fui informado que tem motorista de ambulância com problemas nos óculos e não sabe o que fazer, pois depende de uma boa visão para poder dirigir e com isso socorrer com segurança o paciente até o Recife.

Aí eu na minha humilde análise, peço que os cidadãos e cidadãs de bem reflitam comigo:

Se consultórios médicos são essenciais (incluindo os de oftalmologias), os laboratórios, os supermercados, as lotéricas e bancos (apesar que para os políticos não há nenhum problema na aglomeração), as lojas de aviamentos e tecidos (confecções de máscaras) são todos essenciais, e caso eu tenha problema com a minha visão, mesmo indo ao oftalmologista e ele indicar a troca das lentes dos meus óculos, porque as óticas que cuidam da saúde permanecem fechadas e não são consideras essenciais?

Não está na hora do Senhor Governador Paulo Câmara e o Senhor Prefeito Luciano Duque abrirem literalmente os olhos, permitindo a reabertura das óticas (seguindo protocolo de segurança) e com isso nos deem condições de enxergarmos melhor, inclusive o essencial?