Publicado às 05h20 desta terça-feira (27)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Enquanto a Floresta Amazônica arde em chamas, por absoluta gana dos fazendeiros e ausência de fiscalização e punição aos malfeitores, o presidente da República, Jair Bolsonaro, cria uma espécie de ‘cortina de fumaça’ em torno do assunto, preferindo culpar ambientalistas e a imprensa. Nenhuma novidade!

Mas um outro capítulo vem à tona, revelando um presidente que sabe muito bem tratar com milicianos (onde está Queiroz), mas não sabe refletir quando é criticado por estadistas.

Nessa segunda-feira (26), o presidente da França, Emannuel Macron, afirmou que era ‘triste ver ministros brasileiros insultarem líderes estrangeiros. No último fim de semana, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que Macron “é apenas um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês”.

Em entrevista no âmbito da cúpula do G7 (clube dos países ricos), o presidente francês retrucou recentes comentários do presidente Jair Bolsonaro e disse esperar que “os brasileiros tenham logo um presidente que se comporte à altura” do cargo. O troco veio a galope: o Jair ‘boca suja’ preferiu ironizar a esposa de Macron, que tem 66 anos, em comparação com a primeira Dama, Michele, que tem 36. Uma vergonha!

DESPENCANDO

Mais os números da pesquisa CNT/MDA divulgados nessa segunda-feira (26), podem revelar que o brasileiro começa a tomar vergonha na cara. A avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro saltou de 19% em fevereiro para 39,5% este mês. Enquanto isso, a avaliação positiva caiu de 38,9% para 29,4% no mesmo período de tempo.

Segundo a pesquisa, a avaliação pessoal de Jair Bolsonaro, a aprovação recuou de 57,5% para 41%, enquanto a desaprovação do presidente foi de 28,2% para 53,7% entre fevereiro e agosto. Apenas 9,5% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro cumpre as promessas de campanha.

Talvez o Macron esteja certo. O Brasil precisa de um presidente que se comporte à altura da força do povo brasileiro.

E que venham as porradas!