Destruição de Bolsonaro é maior do que se imaginaPublicado às 12h50 deste domingo (8)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Está claro como a luz do dia. O rastro de destruição deixado como herança pelo governo Jair Bolsonaro, para o governo Lula e o povo brasileiro, é maior do que se possa imaginar. Falava-se algo em torno de R$ 800 bi de ‘rombo’, mas não acredito. Acho que é muito mais. O acordo feito pelo ‘todo honesto’ Bolsonaro com o ‘centrão’, parindo o orçamento secreto após fornicação nos gabinetes e corredores do Planalto, não deixou dinheiro para compra de vacinas, merenda escolar, remédios para Farmácia Popular e outras ‘coisitas’ mais.

Porém, o ‘buraco é mais embaixo’. Pouco se sabe do sigilo de 100 anos imposto pelo ‘impostor’ da República, do qual o presidente Lula deu um prazo de trinta dias para a Controladoria Geral da União (CGU) se manifestar sobre o assunto. O que foi divulgado, até agora, é que Bolsonaro negou 63 mil pedidos de esclarecimentos à sociedade sociedade civil organizada, baseado na Lei de Transparência. Quem não deve não teme. Então, por que negou? Tem podridão debaixo do tapete.

Aliás, por falar em tapetes, a primeira-Dama ‘Janja’ abriu uma fresta do que sobrou do Palácio do Alvorada, residência do casal bolsonarista nos últimos quatro anos. Coisa de inquilino ruim. Há desde estragos da mobília à sumiço de obras de arte. Uma vergonha.

Mas tem muito mais ainda. Há suspeita de ‘espiões’ dentro do Planalto, orientados para agir como ladrões de informações para o excremento que se encontra albergado numa mansão de um brasileiro nos EUA, que foi beneficiado com dinheiro público. Outra vergonha.

Mas o ‘ovo da serpente’ ainda pulsa, deixando aberta vísceras piores. Neste domingo caravanas estão desembarcando em Brasília (DF) com a promessa de invasão de prédios públicos, fechamento de rodovias, bloqueios de distribuidoras de combustíveis e ações terroristas com armas e bombas. Tudo isso para não deixar governar um time eleito pelo povo, e trazer à tona um espectro da ditadura militar. A hora é de vigilância e resistência.