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“Avatar: O último mestre do Ar” é a prova mais recente de que boas adaptações começam por bons elencos – e a série, baseada no desenho animado de 2005, tem um praticamente perfeito.

Com a estreia dos oito episódios de sua primeira temporada nesta quinta-feira (22), a produção mostra boas escolhas em todos os personagens principais, heróis e vilões que a essa altura já podem ser considerados icônicos.

Um Avatar para todos controlar

A história da série, que pode ser assistida na Netflix, acontece em um mundo dividido entre quatro povos de dobradores – pessoas que podem controlar, dependendo da origem, um dos elementos essenciais da natureza.

Assim como no desenho, um monge (Gordon Cormier) de 12 anos descobre ser o Avatar, a reencarnação de um ser lendário que a cada geração se torna um único com poder sobre ar, água, terra e fogo ao mesmo tempo.

Depois de quase um século dormente em um bloco de gelo, ele acorda apenas para descobrir uma realidade completamente diferente da que conhecia.

Não só a maligna Nação do Fogo matou todos os seus companheiros dos Nômades do Ar há cem anos, como também dominou grande parte do planeta.

Para devolver o equilíbrio e cumprir sua função como o Avatar, ele conta com a ajuda de dois irmãos da Tribo da Água para aprender os demais estilos e assim cumprir seu destino.

Aang de carne e osso

Assim como foi com a adaptação com atores de “One Piece”, também da Netflix, “O último mestre do Ar” não daria certo sem um intérprete perfeito para o protagonista – e sua missão era ainda mais difícil. Afinal, não é fácil encontrar um ator com o carisma do personagem com tão pouca idade.

Por isso, Cormier (“The Stand”) é o maior trunfo da nova série. Ok, ele ainda tem muito a desenvolver como ator, em especial em cenas com sentimentos mais complexos, mas no resto do tempo reproduz com naturalidade a inocência e a alegria contagiantes de Aang, o herói do desenho.

A seu lado, Kiawentiio (“Anne com um E”) entrega uma boa Katara, mas é mesmo Ian Ousley (“13 reasons why”) quem assombra de verdade, tamanha semelhança com o bobo e destemido Sokka.

Personagem mais caricato no desenho, principalmente no começo, o ator tinha o maior desafio do trio e cumpre seu papel com uma facilidade invejável.

O lado dos vilões (de certa forma, pelo menos), conta com o grande nome do elenco, Daniel Dae Kim (“Lost”), mas o destaque fica com Paul Sun-Huyng Lee (“The Mandalorian”). O veterano é o querido tio Iroh perfeito – e outro dos acertos cruciais da adaptação.