transposiçãoA água em Custódia ainda é “coisa longe, coisa difícil”. Janicléia Salvador, de 25 anos, mora à beira do canal na cidade e sabe contar a história. O caminho “molhado” parou quilômetros atrás, ainda em Floresta, e deixa para a moradora a vista de concreto rachado, de obra parada e com mato nascendo. Água, pelo menos da obra, nem pensar. Nem sonha que já percorre os primeiros quilômetros em direção a ela.

Muito menos que a previsão é de chegar ainda neste ano, no máximo ano que vem, segundo previsões do governo federal. “O que eu sei é o que eu vivo. Água para beber é do Exército. Para lavar roupa, prato, casa, essas coisas… é do poço lá embaixo”, resume. No segundo dia da série “E a água chega quando?”, vamos contar a história de Janicléia, que vive em Custódia, no meio do traçado da engenharia da transposição em Pernambuco.

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Janicléia não trabalha e nos recebe com dois filhos correndo em casa, além de animais de estimação. Diz que o marido Cássio Amaral, 26 anos, está na roça, onde trabalha para ganhar R$ 360 por quinzena. Para ela, acreditar que terá água na torneira a partir da transposição é mais que surreal com o cenário na porta de casa. Moradora de uma residência de dois cômodos próxima do canal, tem a esperança de receber a água como quem espera um milagre. Justificável, a cena que visita no seu dia a dia é uma obra com cara de fim de festa.

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Do Diario de Pernambuco