Do CNN Brasil

O mandado de prisão de Fabrício Queiroz, autorizado pela Justiça do Rio de Janeiro a pedido do Ministério Público fluminense, chegou aos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas (SP) na quarta-feira (17) cedo. Para evitar vazamentos, foram tomadas precauções extras. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil paulistas.

Queiroz estava em um endereço no município de Atibaia (SP), por isso foram acionados promotores do MPE em Campinas. O local tem vínculo com o advogado Frederik Wassek, que representa a família Bolsonaro.

De acordo com o promotor de Justiça do Gaeco Campinas Jandir Moura Torres Neto, por se tratar de um local vinculado a um advogado, três integrantes da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campinas acompanharam a operação desta manhã.

Além disso, a Polícia Civil só foi informada na manhã desta quinta-feira a respeito do endereço e do alvo do mandado de prisão contra Queiroz. “Geralmente, fazemos uma diligência prévia no local para garantir o cumprimento da ordem de prisão. Neste caso, pela sensibilidade do caso e pelas características do alvo, não dava para fazer isso, sob risco de frustrar o cumprimento do mandado”, explicou o promotor de Justiça.

No mês passado, o empresário Paulo Marinho, suplente do senador Bolsonaro e ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” que o parlamentar havia sido alertado da investigação sobre as suspeitas de “rachadinha” no gabinete.

Jandir Moura Torres Neto observou que o local em que Queiroz foi preso, embora conste como um escritório de advocacia, tem as características de uma chácara, imóvel típico daquela cidade. “Há uma placa na porta identificando o local como escritório de advocacia, mas internamente não tem as características de um escritório, como recepção ou computadores”, descreveu.