Por Luciano Menezes, Historiador
Não se pode em hipótese alguma classificar os chineses como insensíveis, sobretudo, agora que despertamos os seus interesses. Aliás, nada como uma pequena ascensão nos salários dos operários por lá, para se voltarem os interesses pela Tailândia, Malásia, Filipinas, Indonésia e também, Brasil. Nessa exportação de capital, os chineses quase sempre cobertos de “razão,” certamente, optam por pagar salários equiparáveis ao nosso hilário mínimo.
Produzem a preços muito baixos em regiões periféricas, nessa fuga, não pagam os salários mais elevados em seus países, essa é uma medida das multinacionais. Terão ainda, várias isenções de impostos, para questionamento do pequeno empresário local. Resultado: o governo deixa de arrecadar do “generoso”, mas jamais abdica do pequeno comerciante.
Por outro lado, os direitos sociais e trabalhistas não recebem tanta relevância na China, por aqui, o caso se torna cada vez mais latente, pouco se fala. Desse modo, a “generosidade” dos chineses pode passear livremente, tal como seu pungente apanágio escravocrata. Antes de tudo, é preciso convencer o trabalhador do semiárido que o baixo salário é demasiadamente suficiente. Tarefa não muito árdua; o desempregado, por sua vez, busca qualquer salário, seja ele de fome ou não.
Na grande zona franca de Manaus, onde a miséria e a fome pouco deram tréguas; aliás, como anda a região norte do país? “Harmoniosamente” envolto nas “generosidades” das ONG’s e outras quimeras. Acreditou-se que toda melancolia e fome haviam cessado no lúgubre período da borracha, mas na realidade transpassou e consegue perdurar.
Contudo, a “generosidade” chinesa se aproxima, promete subempregos em troca das isenções tributárias. Não se pode deixar de destacar que a esmola do subemprego pode ter uma inerência indireta com a obtenção de votos.
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