Por Eugênio Marinho, colunista do Farol e empresário de Serra Talhada
Qualquer conjunto de condutas, atitudes, valores, que sejam utilizados por uma pessoa ou por um grupo delas e observadas por outras, se torna, automaticamente, uma referência educadora. Pode, no entanto, educar corretamente ou erroneamente quem as observa.
Quando a maior autoridade do poder executivo do Brasil, a presidente da república, mente descaradamente para todos os brasileiro , ela educa a pátria, ensinando a todos que os fins justificam os meios.
Quando a maior autoridade do poder legislativo do Brasil, o presidente do senado, se acha envolvido de forma recorrente em vários escândalos de corrupção, ele também educa a pátria, ensinando a todos que o importante é ser esperto.
Quando uma das maiores autoridades do poder judiciário do Brasil, um juiz, se apropria do dinheiro e dos bens apreendidos de um réu, ele igualmente educa a pátria, ensinando que a lei é para ser cumprida apenas por alguns.
Quando os maiores empresários da construção do Brasil, junto com vários funcionários públicos graduados e políticos, formam uma quadrilha para assaltar os cofres da nação, eles inequivocamente educam a pátria, ensinando aos novos empreendedores o caminho do sucesso.
Quando a grande maioria dos brasileiros assiste a tudo isto de forma passiva, sem ir às ruas ordeiramente para mostrar a estas autoridades, empresários e políticos, e ao mundo a sua enorme indignação, eles também educam a pátria, ensinando aos mais jovens um forma errada de se portar diante da busca da cidadania.
Brasil, pátria educadora. Sem dúvida, e utilizando uma das mais eficientes ferramentas de educação, o exemplo. Pena, que educando erroneamente. A nossa realidade jamais será outra neste modelo.
Mesmo assim ainda há quem diga que a culpa é do povo. O povo apenas se mostra um bom aluno.