opiniãoPor Jorge Apolônio, policial federal e integrante da Academia Serra-talhadense de Letras

Pelas imagens que o FAROL DE NOTÍCIAS  publicou, vê-se que a “nova” estação rodoviária de Serra Talhada será quase igual à anterior, mas esse não é o cerne da questão, pois não precisa ser necessariamente um edifício sofisticado. Geralmente não é.

A questão é que, enquanto Sebastião insiste em fazer um “nova” no local da antiga, Luciano defende a construção em uma localidade adequada, oferecendo até o terreno em doação da prefeitura.

Ainda que Luciano cometa seus equívocos como gestor, nesse caso ele está coberto de razão. Serra Talhada realmente precisa de uma nova estação rodoviária de fato, porém ela não deve ser construída no local da antiga, pois se tornou inapropriado para o acesso dos ônibus, por exemplo. Ali deveria se tonar o ponto único da vans, que perturbam o já caótico trânsito de Serra Talhada estacionando em locais indevidos, ou ser construída uma praça.

As pessoas isentas e de bom senso surpreendem-se com a birra, a teimosia e a falta de visão de Sebastião nessa questão. Se acontecer como ele quer, e é o que parece, Serra Talhada vai ganhar perdendo. O dinheiro do povo será gasto duas vezes. Depois desta ao gosto de Sebastião, tão logo quanto possível, terá que ser construída outra estação rodoviária em local devido. Aí esperaremos outras décadas.

Agora, sinceramente, pelo que se vê do projeto, não se trata exatamente de uma nova estação como Sebastião insiste em dizer, mas sim uma reforma da antiga. Isso tudo leva a deduzir que, não tendo Sebastião conseguido verba suficiente para fazer uma nova em local adequado, vai fazer ali mesmo o que dá com dois milhões, não aceita a ideia de Luciano — ideia que, diga-se de passagem, é indiscutivelmente mais razoável — e evita assim que Luciano também seja pai da criança.