corrupcao1O Brasil assiste perplexo e estarrecido a onda de corrupção que se instalou em boa parte das estatais brasileiras. A novidade, de forma desgraçada, é o depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa e do doleiro Youssef; ambos, braços auxiliares do esquema montado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e aliados. Uma vergonha!

De acordo com Costa, o PT recebia a bagatela de 3% dos contratos costurados na Petrobras. Tudo coordenado pelo tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto. O PT coordenava o esquema nas diretoria de Gás e Energia e Exploração e Produção. PMDB e PP, irmãos siameses dos petistas, também faziam uma ‘boquinha’ milionária.

Mas o que me me deu ânsia de vômito foi a frieza com que Paulo Roberto detalhou o esquema que foi montado durante o governo do ex-presidente Lula da Silva, um espécie de ‘entidade’ para os petistas e a maioria dos brasileiros. Aliás, mais nojento ainda foi ouvir que tudo tinha a benção de São Francisco de Assis. “É assim que eles usam o dando que se recebe, igual a oração de São Francisco de Assis”, explicou Paulo Roberto, durante o depimento. Pronto. Foi dado o mote. Após dólares na cueca, mensalão e tantos escândalos neste País, o santo foi mais uma vez evocado.

Não me admira que tudo fique por isso mesmo e não passe dos depoimentos. Falam por si mestres como Paulo Maluf, Collor de Melo, Calheiros, Sarney, o mensalão tucano, o escândalo do metrô paulista e tantos outros que sufocariam esta página.

Sempre me pauto em uma frase de um pensador chamado Edmund Burac que diz o seguinte: “Para o triunfo do mal, basta que os bons não façam nada”. É isto que me agonia ao deitar a cabeça no travesseiro e quando acordo, todos os dias, às 4 da madrugada, para trabalhar neste FAROL.

Estamos passivos ou somos coniventes com tudo que está acontecendo? Estamos numa encruzilhada ou num penhasco? Será que tudo isto está escrito no livro do Apocalipse? O pior é que chegamos numa disputa eleitoral com a sensação de duelo entre Belzebú e Satanás. Irmãos siameses com os mesmos pecados. Vade retro!