Por Luciano Menezes, historiador

As relações de trabalho em todo país muitas vezes têm causado discussões, contudo, só é mencionado o que está totalmente explícito, nisso, muitas realidades árduas para o trabalhador são ocultas, e às vezes, nem mesmo enxergadas, assim como muitas medidas rapaces.

Diante do controle do trabalho por uma pequena parcela da sociedade, as arbitrariedades e repressões são aceitas como posturas normais. Ainda se constata, inclusive em Serra Talhada, as desprezíveis medidas de coibir mulheres a engravidarem; a proibição de funcionários irem ao banheiro em horários de trabalho; assinaturas de contratados em folhas em branco; imposição para abdicação de horas extras e vale transporte, dentre outras medidas peculiares aos que demonstram um saudável respeito ao dinheiro e uma aviltante indiferença às pessoas e aos direitos.

Talvez, os corpos estejam totalmente adestrados a docilidade do trabalho, ou, diante das duras adversidades e discrepâncias sociais e educacionais, as pessoas se encontram impossibilitas de rechaçarem tais comportamentos tiranos. O fato, é que os direitos se mostram cada vez mais abstrato, e toda tecnologia e desenvolvimento pouco consegue melhorar as condições de vida daqueles que realmente produzem e trabalham.