Asfalto Ipsep (2)Por João Novaes, engenheiro civil com Pós-Graduação em Auditoria, Avaliação de Imóveis e Perícias de Engenharia

Observando a tendência de algumas prefeituras em substituir o convencional “pavimento em paralelepípedos Graníticos” (Calçamento) por “pavimentação asfáltica”, resolvi escrever este texto na intenção de fornecer para a população algumas informações básicas sobre o assunto.

Enganam-se aqueles que pensam que a “pavimentação asfáltica” é mais econômica que o tradicional “calçamento”, pois essa pavimentação em asfalto para ser bem executada deve obedecer as normas existentes com suas diversas exigências, entre elas a mais importante que é o seu dimensionamento.

Um pavimento se constitui de diversas camadas: Reforço do subleito, aterro, sub-base e base; sendo estas duas últimas executadas com material selecionado, ou seja, deverá ser um solo que obedeça às Especificações do extinto DNER, principalmente quanto a Granulometria, Plasticidade, Densidade e Umidade. Nos centros urbanos estas exigências seriam atenuadas, mas nunca desconsideradas.

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Então, após a execução das camadas do pavimento, deve a camada superior (Base) ser totalmente limpa com a retirada de todo o pó ou poeira, em seguida será aplicada uma “Imprimação” que tem as seguintes finalidades: aumentas a coesão da superfície, impermeabilizar  a superfície da base e permitir a aderência entre essa base e o Revestimento.

Assim, chegamos na parte mais polêmica sobre o assunto, pois, esse revestimento que pode ser: TSD (Tratamento Superficial Duplo), PMF (Pré-Misturado a Frio), Areia Asfalto, destacando-se entre todos o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) que devido ao seu altíssimo custo(Instalação de uma Usina de asfalto) somente é recomendado nas rodovias com tráfego intenso  e grandes cargas (BR’s), se não for protegido por uma Drenagem muito bem eficiente (o que destrói o pavimento são as cargas e águas Pluviais) tem seu tempo de vida útil bastante reduzido.

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Por isso, têm razão todos aqueles que estão cépticos com  relação a Pavimentação Asfáltica do Bairro do Ipsep, ou em qualquer outra cidade, seja, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, Salgueiro, Nova Iorque ou mesmo na China se não foram seguidas as etapas citadas anteriormente. Por essas e outras é que somos a favor do convencional  Pavimento em Paralelepípedos Graníticos, principalmente porque, este sim, pode futuramente ser recapeado com o PMF (Pré-Misturado a Frio), pois nele temos o “colchão de Areia que funcionará como Sub-Base e a Pedra que funcionará como Base.

E para concluir, devemos lembrar que o pavimento asfáltico, além de exigir um drenagem bem feita precisa de manutenção contante.