leitorPor Adelmo Santos, de Serra Talhada

“O tempo vai passando as coisas vão mudando e a gente não pode e não deve esquecer as nossas origens que fica na nossa memória como a parte mais importante da nossa história. Hoje lembro uma rua que eu também fiz parte dela, a rua que estou lembrando é a Rua da Favela. Foi à rua que marcou a minha vida do jeito que ela era. Foi modificada tanto que mudaram até o nome, mas pra mim ela continua com o nome que era antes. “Rua da Favela”.

Ei Rua da Favela! Eu morava em outra rua, mas estava sempre nela. A bodega de Zé Grande era o ponto de parada, no muro do chafariz eu brincava na calçada. No salão de Antonia Badú tinha um forró que animava e lá no meio da rua a pelada começava. Eu gostava dessa rua do jeito que ela era, eu brincava tanto nela que me botaram o apelido de “Adelmo da Favela”. Tinha um time bom de bola que formava o meio campo com Fernando e Nego Goia. A criançada cresceu e muita gente foi embora, uns foram para o Recife outros foram para São Paulo, por circunstâncias de vida foram poucos os que ficaram.

Já passaram tanto tempo, tanta coisa já mudou até mesmo o chafariz não resistiu acabou. O Salão de Antonia Badú agora é um supermercado, a bodega de Zé Grande agora é uma farmácia e onde era o chafariz agora é uma padaria, frango assado e comercio de embalagens. A maioria das casas está tudo diferente, poucas casas continuam como era antigamente. Ficaram poucas lembranças ainda está do mesmo jeito a casa de Dona Santa. Com a pintura original um verde muito ofuscado relutando contra o tempo para não ser apagado. Na rua que era simples que morava gente humilde muita coisa já mudou, agora é cheia de clínicas hoje mora magnata está cheia de doutor.