marina, dilma, aécioFaltando menos de um mês para o primeiro turno das eleições presidenciais o que vemos é uma campanha declarada da mídia brasileira pró-Marina Silva, os títulos das matérias já não citam os resultados das pesquisas referentes ao primeiro turno, já exploram uma possível vitória no segundo turno. Ainda nesse sentido buscam rotular a campanha de Dilma como se estivesse praticando a campanha do medo.

Mas será que não se pode mais questionar as diversas contradições existentes no projeto e na postura de Marina? Será que essa relação ambientalista-ruralista-liberalista-religiosa-conservadora não está pra lá de incoerente? Será que a queridinha do mercado financeiro e da família Clinton é capaz de responder para quem ela, de fato, pretende governar? Assim como outras questões. Como quais vozes serão ouvidas no seu governo? A do Pastor Silas Malafaia? Da acionista majoritária do banco Itaú? A do dono da Natura ou a do povo? Ela vai governar com a cara do PSB ou do seu partido, a Rede?

Eu não tenho nenhum receio em declarar o meu voto a Dilma Rousseff. Sou consciente das contradições e dos defeitos existente nos três governos petistas, e que eles estão longe do que imagino ser um governo dos trabalhadores. No entanto, entendo que não se faz profundas transformações em uma sociedade através de eleições, isso é a meu ver é utópico!

Como já afirmou Karl Marx, “o estado é uma estrutura burguesa”, sendo assim, qualquer governo eleito terá que governar fazendo concessões, e as conquistas serão mínimas e em ritmo lento. Sendo assim, entendo que o PT conseguiu avanços na área social, que até então não era acessível às camadas mais baixas da sociedade, o que ao meu ver não pode ser encarado como sendo uma grande revolução social, porém precisam ser preservadas e ampliadas.

É indiscutível que o modelo de governo do PT está submetido a uma eleição plebiscitária, onde está sendo julgado não apenas a gestão da atual presidenta, mas tudo o que foi feito nos últimos 12 anos, inclusive os erros, que foram muitos, entres eles as alianças com setores das velhas oligarquias. Oligarquias essas que também fazem parte do leque de alianças de Marina e Aécio.

Esse plebiscito também se estende ao governo local, que até agora não conseguiu avançar no sentido de realizar o que foi escrito no plano de governo. Para que o prefeito do PT saia com uma boa imagem junto ao eleitorado, o deputado estadual Manoel Santos terá que sair com no mínimo 10 mil votos da cidade, menos do que isso confirmará a tese de que a gestão municipal sofre uma grande rejeição popular.

Vale lembrar que há quatro anos, o deputado petista conseguiu tirar, sem o apoio de prefeito e vereadores, quase seis mil votos, ou seja, agora veremos que têm cacife político para ser liderança!

 Um forte abraço a todos e a todos e até a próxima!