Por Jorge Apolonio, policial federal e membro da Academia Serra-talhadense de Letras

Por que não privatizar o mercado público de Serra Talhada? Já pensou se o Supermercado Servilar fosse público? Seria um desastre. Vocês se lembram da Cobal? Era um supermercado público. Quebrou em todo o país. Collor fechou. Privatizado, o mercado público poderia até se tornar um shopping  center. Ainda que fosse um shopping “popularzão”. Porém não precisa ser necessariamente desse tipo. Poderia ser um chique como todos nós merecemos, inclusive Serra Talhada. Salgueiro, menor que nossa cidade, já tem um.
Eu sou a favor da ideia de se construir uma prefeitura fora do centro com toda a estrutura capaz de receber todos os órgãos municipais. O dinheiro da venda do mercado poderia ser utilizado para esse fim, por exemplo. Trocaríamos um mercado deteriorado por uma prefeitura decente e novinha em folha. Além do quê, economizaríamos uma fortuna em alugueis.
Ah, mas o que fazer com todos os concessionários que ali atuam? Reciclagem para quem tiver interesse em mudar e melhorar de vida. O SEBRAE está aí para isso. O que não dá mais é a sociedade serratalhadense contentar-se com a precariedade dos serviços ofertados naquela estrutura também precária. Nós merecemos mais, inclusive os concessionários. E pagamos por isso.
É preciso haver uma mudança de mentalidade. O modelo de funcionamento do mercado público está obsoleto, ultrapassado e, por isso mesmo, apresenta uma baixíssima rentabilidade. Quer uma prova? Faça uma pesquisa em cada box e veja qual o seu faturamento. Após isso, calcule o lucro. Então verá que o mercado público, se não for falido, tem baixíssima rentabilidade. É uma estrutura cara que rende pouco. E isso pode ser superado com uma intervenção séria e planejada. Mais uma vez, recomendo o SEBRAE para isso.
Quanto á privatização, não temam. O mercado não seria dado, mas vendido, desde que a preço justo. O dinheiro obtido seria investido em outra coisa pública em proveito da própria sociedade. E o mercado bem administrado nos seria de bom proveito, algo que não ocorre há décadas.
Uma coisa é certa: tal como está não pode ficar. Ninguém merece. Pensemos grande, gente. Dá o mesmo trabalho que pensar pequeno, porém com melhores resultados.