Por Pedro Araújo, de Afogados da Ingazeira

“Escuto dizer que o Ministério Público é o guardião da cidadania. Vejo o Ministério Público denunciar políticos malfeitores, mas uma coisa me intriga neste órgão, que é o mesmo não denunciar os preços abusivos dos combustíveis no interior do estado, e se o faz, é na capital, pois nós do interior não tomamos conhecimento ainda.

É de impressionar como os donos de postos de combustíveis aqui no interior aumentam os preços sem sequer dar uma satisfação a nós, consumidores que abastecemos nosso automóvel.

Em Afogados da Ingazeira, o preço da gasolina era de R$ 2,98 antes do aumento anunciado pelo governo no final do ano passado. Depois do reajuste, a gasolina passou a custar R$ 3,05 – isso tabelado, em todos os postos. Alguns para não acharem que estão no cartel, diminuem o preço em um centavo.

Hoje, ao abastecer o carro em um posto de nossa cidade, fiquei de queixo caído ao vê na bomba o preço de R$ 3,12. Perguntei ao frentista o porquê do aumento e ele simplesmente me mandou procurar o dono do posto. Quer dizer, uma explicação para o motivo do aumento nem os frentistas sabem!

E é aí quando eu pergunto pelo Ministério Público. Não teria esse órgão um promotor público que viessem junto aos fiscais do Procon para dar uma olhada nas notas fiscais desses estabelecimentos? Por que nós que moramos no interior somos tão desprezados quando se trata do Estatuto do Consumidor?

Afogados da Ingazeira é tida como uma das cidades onde os preços dos combustíveis são os mais caros do estado. Mas na capital ninguém sabe disso. Atenção, Secretaria da Fazenda! Acorde pra Jesus!”