Por Bruna Santana, de Serra Talhada

Voto Obrigatório, uns dos temas mais polêmicos que se pode falar hoje. Além de um retrocesso, o voto obrigatório é um contra-senso. Como pode um direito se tornar obrigação? Votar é faculdade. Dever é pagar impostos, cumprir as leis. Esse tipo de imposição só interessa aos manipuladores das massas, aos compradores de votos, aos coronéis da política com seus currais eleitorais, em que parece que estamos no tempo do coronelismo (no período do Café) onde o povo devia favores aos poderosos e pagavam com seus votos… Um país que se diz democrático não pode obrigar seus cidadãos a votar contra a própria vontade.

Aliás, a vontade da maioria, revelada em pesquisas, é que o voto seja facultativo. Vota quem quer. Quem tem consciência política, que se interessa por cidadania, democracia… Eleitores livres para votar garantiriam não só a qualidade do pleito, mas principalmente a qualidade dos eleitos.

Verdade seja dita: a maioria dos eleitores não se importam com a democracia e vota mau porque vota em qualquer um, esquece em quem votou, não cobra do eleito, vende o voto por uma dentadura, vendem seus próprios títulos para ter a certeza de que não vai enganar o político o qual comprou, ou se vende em troca de esmolas sociais. É esse eleitorado descompromissado, manipulado e estúpido que os maus políticos, obviamente, não querem perder.