Por Luciano Menezes, Historiador

reeleição“Parece não ser necessária nenhuma argúcia para perceber a grande luta pela autopreservação no campo político. É necessário se manter, por si mesmo, ou através de outro. Desse modo, figuras desconhecidas recebem apoios, muitas vezes surgem do nada para assumir determinados cargos elevados. Os escroques possuem uma fome insaciável; mesmo próximo a sucumbirem fisicamente repassam seus números de campanhas para futuros aproveitadores das fragilidades sociais e econômicas.

Será que no cerne desta autopreservação está o dinheiro ou a preocupação com a sociedade? Será que pensam naqueles que creram, dentre as tantas quimeras, na ilusão do fortalecimento da moeda pelo plano real? Onde se tentou justificar tudo pelo poder de compra, no “consumo fácil” da população mais pobre. Todavia, chegava o momento que o governo precisava incentivar mais e mais o consumo nas classes baixas. Portanto, no similar parasitismo do preservador de si mesmo, o tal governo constitucional necessita do imposto sobre esse consumo desvairado; constituindo assim, um dos meios para se explorar a “riqueza” oriunda do plano real.

A História mostra que essa autopreservação política tem sobrepujado o bem estar social; em outras palavras, os ganhos financeiros e os lucros são primordiais para tais lideranças. A autopreservação tem fortes ligações com a manutenção da sociedade, tal como ela se encontra; ou seja, parece serem eleitos para manter o quadro vigente e não para promover alterações relevantes e mais amplas. Nessa ditadura governamental qual o verdadeiro papel do dinheiro?

É importante seguir observando até onde vão os efeitos devastadores das dinastias despóticos, sobretudo, em Pernambuco e claro, no Maranhão. Até quando vai durar essa confiança nos líderes? Até quando vamos chamar de mudança o processo de autopreservação política? Até quando as inteligências serão insultadas com o embuste chamado de democracia e a ilusão do sufrágio universal”?