eugênioPor Eugênio Marinho, empresário de Serra Talhada

Os nossos  muros. Eles separam, um lugar do outro, uma realidade de outra, um conjunto de valores de outro, o que se diz do que se faz, o pensar e o agir. Derrubá-los, é o grande desafio da humanidade. Geralmente, os visíveis, são feito de tijolos e concreto, às vezes com acessórios, como: cercas elétricas e câmeras. Os invisíveis, são feito de valores, de impunidade, de incoerência, de medo e de mentiras.

O mais famoso deles, o de Berlim, foi destruído pela enorme diferença de qualidade de vida que havia entre seus dois lados. De um lado, se ouvia, do outro lado, se via, a melhor forma para se viver. No Brasil, há um grande muro entre o real privado e o público, um câmbio interno, enquanto o privado nos coloca na vitrine do mundo, como 7ª economia, o público,  por ser roubado todos os dias, nos coloca na ponta de estoque, com o 64º IDH.

Mas, o grande muro do Brasil é invisível, antigo e tem nome, impunidade. De um lado dele, milhões de brasileiros, que todos os dias ganham sua vida honestamente, do outro, centenas de oportunistas mal caráter, que só pensam em roubar o dinheiro público. Estes mal caráter, que sabemos quem são e o que fazem, gritam ou mandam seus capachos gritarem, é assim mesmo, todos somos iguais, não existe muro nos separando. Ano após ano, vão ganhando no grito, o direito de se manterem protegidos pelo muro da  impunidade.

O fantástico, recentemente, tem perguntado a alguns deles: cadê o dinheiro público que tava aqui? Já pensou se o dinheiro respondesse? Ele, certamente diria, estou nas contas e patrimônio dos laranjas, nos paraísos fiscais, cheguei através do recolhimentos  de impostos não repassados a sua finalidade, de notas fiscais frias, serviços não realizados, produtos não entregues, preços superfaturados ou empresas fantasmas.

Não precisamos de ajudantes de pedreiros ou pedreiros para derrubar o muro da impunidade, este, que é o pior dos nossos muros, precisamos que todos que ganham sua vida honestamente saiam da sua zona de conforto, reclame, grite, proteste, façam a diferença, sejam cidadãos.

Vamos seguir  o exemplo do juiz Sérgio Moro, que conduz a operação lava jato na Petrobras, ele, poderia ficar na sua zona de conforto, como tantos outros brasileiros, mas está enfrentando estes bandidos. Ele está agindo como agiram os cidadãos de outros países que conseguiram derrubar seus muros da impunidade e ao derrubarem viram o desenvolvimento chegar a suas vidas.

Os nossos muros, ou, os derrubamos, ou, um dia, eles caem sobre nós.