*Goottmbergue é professor da rede estadual de ensino e ex- diretor da escola estadual Antonio Timóteo

Os políticos já estão por aí, na velha prática, mentindo, induzindo o eleitor  a acreditar em dias melhores para o nosso povo, quando na verdade o que está em jogo é, na maioria dos casos, o interesse particular dos atores desse “teatro” chamado campanha eleitoral, carregado de péssimas intenções, de estratégias que visam, pela alienação popular, as consolidações de poderes, a solidificação de sistemas partidários nefastos que se nutrem da ignorância do povo, que na sua maioria não conhece bem o funcionamento da máquina pública. É uma ditadura sutil, velada e um calo no “sapato” da cidadania ativa, em que a liberdade, diante disso, figura como um sentimento natimorto, que não sai da linha do inconsciente, ofuscado pelo determinismo daqueles que sentem o prazer de nos escravizar de, em surdina, nos chamarem de “homos imbecilis”, de palhaços, idiotas.

Não cabe mais vermos, no meio político, ficarmos com a cara pra cima, como se tudo estivesse uma maravilha. É preciso abrir os olhos e enxergar bem de perto as realidades que o constitui e provocarmos as mudanças necessárias para que tenhamos uma sociedade mais justa. Se não for assim, perderemos a condição de sujeitos do processo histórico e nos inscreveremos nesse contexto como objetos de fácil manipulação. E isso é perigoso, pois Foucault nos diz em um dos seus livros, que o discurso não é apenas o que denuncia os desmandos políticos, mas a própria condição da nossa sobrevivência social, é quem revela a nossa constituição critíco-ideológica.

“É preciso abrir os olhos e enxergar bem de perto as realidades que o constitui e provocarmos as mudanças necessárias para que tenhamos uma sociedade mais justa. Se não for assim, perderemos a condição de sujeitos do processo histórico”

Espero que, nesta eleição, os candidatos não venham com aquelas ideias mirabolantes que todos já conhecemos e nos mostrem históricas dos municípios do Brasil afora, deixadas de lado por uma leva de políticos demagogos que já os (des) governou ou os ajudou a (des)governá-los. Em quase todos os recantos do mundo, a modernidade envelheceu e poucos governantes perceberam isso. Há certas coisas que não se afinam com o mundo pós-moderno em que vivemos. Não aquele pós-modernismo devastador, esmagador da sociedade, promotor da miséria e do analfabetismo, preconizado pelos sistemas eminentemente neoliberais dos países capitalistas construtores de um modelo econômico excludente e pragmático; mas o que traz no seu bojo a consciência de que se o mundo não for para todos, um dia não será pra ninguém.

Quero ressaltar, ainda, que troca de farpas entre pré – candidatos que não é coisas absurdas acontecerem e soluções para as mazelas salutar pra ninguém, nem pra eles, nem para o povo, muito menos para a democracia que todo dia leva uma rasteira da indecência política do nosso país, do mau-caratismo de muita gente que faz desse meio um trampolim para a melhoria da sua qualidade de vida esquecendo do povo. Sei que político vigente, que aliás, vem de longe; mas não custa nada fazer diferente e dar uma reviravolta nisso, propiciando, portanto, um clima menos tenso pra essa que será indubitavelmente, uma das eleições mais acirradas dos últimos anos. Todas as cidades de Pernambuco e do Brasil têm seus problemas e o que nós queremos de vocês pré-candidatos é um debate amplo e ético sobre isso, sem briguinhas na mídia que não levam a nada.

O que vão ocorrer são apenas desgastes políticos e o repúdio do eleitor. Gostaria de ver propostas de governo concretas, quem realmente tem um rumo mais decente para os nossos municípios. Muitos dos nossos municípios cresceram, viraram pólos educacionais, melhoraram desenvolvimento humano muito baixo, poucas oportunidades de empregos, aumento da criminalidade que vem perturbando o dia-a-dia da nossa sociedade, o uso de drogas pelos nossos jovens e adolescentes, e muitos outros. Esses problemas precisam ser discutidos e levados a sério por todos os postulantes ao executivo municipal. Não suportamos mais ouvir só promessas que nunca são cumpridas. Agora, mais uma vez, o eleitor tem a oportunidade de votar e escolher seus vereadores e o prefeito que irá administrar seu município a partir do dia 1 de janeiro de 2013. Espero que saibamos escolher bem o nosso candidato, para depois não chorarmos o leite derramado. Lembremos-nos: são 4 anos no comando.

“O que vão ocorrer são apenas desgastes políticos e o repúdio do eleitor. Gostaria de ver propostas de governo concretas, quem realmente tem um rumo mais decente para os nossos municípios”

 

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