gootembergPor Goottemberg Mangueira, professor de Serra Talhada

A pobreza e o analfabetismo são construtos de sistemas políticos perversos que caminham na direção de um de mal ainda pior: o escravismo mental irreversível. O Brasil está cada vez mais pobre, mais brega e mais babaca. Boa parte do nosso povo convive com todo tipo de miséria. Seres humanos que estão condenados à prisão “perpétua” na vida infeliz, sem a mínima chance de defesa.

O inferno já é aqui mesmo. Quem quiser ser assaltado ou assassinado nas ruas, morrer de raiva da corrupção, andar de transporte público ruim, principalmente nos grandes centros urbano (se não for rico), ser roubado pelo governo, não tenha dúvida, um desses “paraísos” é aqui no Brasil.

Enquanto isso, os políticos cínicos, canalhas e ladrões tomam conta da nação e fazem dela o que querem, como se fossem donos (e são). Dá vergonha de ter nascido aqui, dá vergonha de ser brasileiro. Somos roubados a todo instante e parece que vai continuar assim por mais 500 anos. Não vejo a chamada luz no fim do túnel, a não ser a do eletrolão que está chegando por aí dando início à revelação de uma metástase avassaladora de corrupção no país, escondida feito fogo de monturo.

Quem vai dar jeito? Ninguém, pois quem poderia fazer isso era povo na hora do voto, mas não vai acontecer porque a alienação é perversa, destruidora. A falta de informação, o analfabetismo e o fanatismo político são paredes que impedem o crescimento da sociedade e consequentemente do país em todos os seus níveis. As pessoas não conseguem enxergar com a consciência o que está acontecendo com o Brasil: estão nos levando à ruína financeira e minando a nossa esperança.

São epidemias que atrofiam a mente das pessoas e que teria apenas um remédio para saná-las: a educação. Mas ela se encontra destroçada pela ganância dos nossos políticos que visam apenas seus interesses pessoais, e por isso, estão sempre procuram um jeito para sucumbi-la.

Enquanto a farra dos gastos com dinheiro público continua, setores como saúde, educação e segurança estão padecem com o descaso. Só de fevereiro a junho deste, os 513 deputados torraram quase um milhão em restaurantes.  Toda essa grana foi ressarcida pela Cota de Auxílio de Atividade Parlamentar (Ceap). Só aqui na casa de mãe Joana tem dessas sacanagens com o contribuinte.

A vida aqui no Brasil está ficando mais cara. Tem nego pedindo pra morrer, porque é mais barato. Em lugar nenhum do mundo em que haja educação de qualidade, um presidente ficaria no cargo com apenas 8% de aprovação. Isso é inconcebível. Isso é um indicador de que realmente nosso povo está acometido por doenças que afetam a sua capacidade de pensar, julgar e decidir. Há no Congresso 11 pedidos de impeachment da presidente e o povão não sabe disso.

A qualidade da educação de um país não deveria ser medida apenas pelo desempenho em avaliações de Matemática e Língua Portuguesa, mas que incluíssem aí, a capacidade do sujeito de entender o que está acontecendo em sua cidade, estado, país e no mundo, nos aspectos políticos, sociais e econômicos. Talvez se a maioria da população brasileira entendesse o jogo político mesquinho e esquálido praticado pelos nossos “representantes” nos Poderes Legislativo e Executivo, a coisa seria diferente.

Se perguntarmos hoje ao povo brasileiro o que realmente está acontecendo no país na esfera política, as respostas, sem dúvidas, serão vagas. As informações são insuficientes para a constituição de um senso crítico apurado. Muitos preferem ouvir as desculpas esfarrapadas do pessoal desse governo mentiroso, hipócrita, que não está nem aí para o país, querem mesmo é se manter no poder e massacrar mais ainda o trabalhador.

Quando o chicote do ajuste fiscal começou a tinir no ouvido dos menos providos de conhecimento, eles começaram a compreender aquilo que a imprensa já vem avisando há muito tempo, principalmente a Veja (os petista a detestam porque ela mostra a verdadeira intenção do partido e seus aliados), que daqui pra frente é só arrocho.

Os que não deram ouvidos às verdades sobre esse maldito governo “dos trabalhadores”, vão penar até um dia entenderem que é preciso sair da alienação, porque ela aniquila a vida de qualquer ser humano, tornando-o um ser sem valor, sem capacidade de construir caminhos para o seu futuro. Fica andando em círculo, sem um ponto de chegada, esperando um desses malas para “orientá-lo”.