Publicado às 18h09 desta segunda-feira (22)

O bancário Glewber Mourato, um dos coordenadores da chamado ‘Nova Via’ de Serra Talhada, abriu o verbo no último sábado (20), durante entrevista ao programa Farol de Notícias, na rádio Vila Bela FM, e criticou o excesso de cargos comissionados na capital do xaxado, sendo remunerados com dinheiro público, só para defender as ações dos governo municipal e atacar os opositores.

Durante a entrevista, Mourato defendeu uma reforma administrativa no governo Luciano Duque, mas não poupou críticas ao grupo do deputado Sebastião Oliveira, que segundo ele, mantém o mesmo expediente de ‘mamatas’.

“A reforma administrativa é essencial. Só para você ter uma ideia, temos o cargo de subsecretário, que o nome é secretário executivo. Muitos nem gabinete têm, essa é a verdade, muitos nem atuação têm. Está ali só onerando os cofres públicos. Se a gente tirar seis ou sete a gente já vai ter uns R$ 2 milhões, no mínimo, anual. Com um salário bruto de R$ 5 mil”, disparou Glewber Mourato, arrematando:

“Um pelo outro, se você fizer dez secretários dá R$ 50 mil, por mês. Então assim, o primeiro passo é enxugar de fato a máquina. Tirar os secretários de WhatsApp, os assessores de WhatsApp. Eu trabalho oito horas por dia, você (Giovanni Sá) e professor Paulo César, devem trabalhar até mais. E porque é que nós vamos admitir que nosso dinheiro, que nós pagamos, eles são funcionários da gente. São funcionários públicos que a gente paga, e como é que a gente vai admitir que qualquer cidadão fique o dia todo no WhatsApp, mandando e divulgando ações de prefeitura, denegrindo imagens de pessoas para ser pago com dinheiro público? Eu não aceito, a sociedade serra-talhadense não deve aceitar isso”.

A Nova Via pretende lançar candidatos a prefeito e vereadores em 2020. Segundo Mourato, este tipo de expediente, aplicado pelos dois grupos políticos de Serra Talhada, não vai existir numa gestão alternativa.

“Isso pega mal, muito mal. Eu não sou nada contra o camarada defender o grupo, defender o grupo de Luciano, defender o grupo de Sebastião. Agora, o dia todo? Todo dia, o dia todo? Não se pode fazer isso. A responsabilidade  do gestor passa pela reforma da máquina administrativa”, concluiu.