Parece que não está existindo afinidade na linguagem política entre os deputados Sebastião Oliveira (PR) e Augusto César (PTB). Pelo menos quando o assunto é a punição por parte do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) aos vereadores Zé Raimundo Filho e Agenor de Melo Lima, por não terem apoiado a candidatura de Pinheiro do São Miguel à presidência da Câmara Municipal. Sobre a polêmica, ‘Sebá’ defendeu de público uma punição aos parlamentares, mas mantendo a reserva de não interferir nos assuntos do PTB.

“Eu acredito que se ele (Augusto) não tomar uma posição com relação a este assunto, poderá sofrer consequências em 2014. Há insatisfações dentro do seu grupo”, escancarou Sebastião Oliveira, em entrevista a uma emissora de rádio na sexta-feira (25).

Já o deputado Augusto César, ao ser questionado pelo radialista Francys Maia, na manhã desta segunda-feira (28), preferiu jogar todo o ‘abacaxi’ no colo do suplente de vereador Antônio de Antenor. “Quem tem que provocar este tema é Antônio, que é o suplente. Fui a sua procura e coloquei toda a estrutura jurídica do PTB à sua disposição. Disse que ele não iria gastar nada com advogados já que ele seria o principal interessado com a saída de Zé Raimundo”, provocou César.

ENTENDA O CASO

Na eleição para presidência da Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) o deputado Augusto César lançou o nome do vereador Pinheiro do São Miguel com o aval do PTB. A ideia foi se contrapor à candidatura de Zé Raimundo Filho, que mesmo sendo petebista, tinha o apoio da bancada governista. O deputado rvelou que chegou a convidar Zé Raimundo para um acordo, que passava pela presença de Pinheiro na Mesa Diretora.

No dia 1° de janeiro, Zé Raimundo Filho foi eleito por 10 a 5. Em tese, alguns petebistas afirmam que o atual presidente poderia perder o mandato, caso o suplente, Antoônio de Antenor, alegasse infidelidade partidária por parte de Raimundo Filho. Entretanto, a hipótese sofre críticas de alguns especialistas em razão da liberdade inerente ao parlamentar na conduta legislativa.