Os ovos da serpente e a perigosa relação com os laços municipaisPublicado às 05h56 desta quinta-feira (12)

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor, historiador e colunista do Farol

O último dia 08 de janeiro de 2023 entrou para a história universal como o dia em que a direita no Brasil tentou sem sucesso um Golpe de Estado. A fracassada ação deixou um rastro de terror, vandalismo, ódio e obscenidade. A verdadeira família conservadora, os patriotas envergonharam a nação, seus símbolos, a democracia e até o próprio Deus. E que Ele tenha misericórdia dessas pobres almas que penam ainda em vida.

O que vimos no domingo foi a ação de serpentes antidemocráticas que tiveram seus nascituros ainda em 2013, quando a bandeira nacional e as cores da pátria foram usadas em grandes manifestações, que entre outras coisas diziam que “o gigante acordou”. Fica claro agora que o gigante é a grande elite brasileira que estava inconformada da simbólica ascensão social da maioria pobre, representada pelos negros, mulheres, e inclusive os nordestinos.

As serpentes foram sendo lapidadas pelo falso discurso de ética e de justiça levantadas pelo ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, durante a chamada “Operação Lava Jato” ou como poderíamos definir, “A República de Curitiba”. Soma-se a esses episódios o Golpe contra a ex-presidenta Dilma, e a eleição da maior das serpentes, Jair Bolsonaro.

Durante a gestão Bolsonaro o país foi arrasado para que as serpentes da direita e as elites pudessem impor sem sucesso a arrogância, prepotência e suas falácias históricas. Ressaltando a ação dos baderneiros conservadores durante a pandemia, que por várias vezes invadiram hospitais, agrediram enfermeiros, pais e mães de família, e vários jornalistas e diferentes órgãos de imprensa. Ao longo da história da humanidade a direita e os conservadores sempre se mostraram violentos e dominadores, a exemplos da escravidão secular vivida pelos hebreus no Egito e em outras partes do mundo.

Diante dos fatos ocorridos no último dia 08 de janeiro é preciso fortalecer as trincheiras da democracia, mas faz necessário que esse combate não seja apenas de dentro para fora, é preciso olharmos para os lados e observarmos se estão sendo chocadas novas serpentes. Víboras podem estar incubadas em diferentes setores da sociedade, silenciosas e camufladas, prontas para dar o bote. Em nossa região, vários bolsonaristas radicais ocupam lugares de destaque na sociedade, e sabemos bem, que eles não aceitam o contraditório.

Nossa responsabilidade é não deixar que as serpentes se proliferam ou sejam protegidas em estruturas públicas, principalmente no que diz respeito aos organismos municipais, principalmente se forem por alianças políticas. O domingo da vergonha não pode ser esquecido, inclusive em Serra Talhada. Sem anistias aos terroristas! Em defesa da democracia!