Os riscos que poderão afetar Márcia, 'Sebá' e DuquePublicado às 17h desta sexta (4)

Arte: Celso Garcia/Farol (@celso.desenho)

Por Paulo César Gomes, Mestre em História, colunista do Farol, pesquisador com formação em História e Direito

O ano de 2022 promete fortes emoções no que se refere à política em todas as esferas de poder, inclusive com resultados que podem influenciar na sucessão municipal em 2024. Luciano Duque (PT) e Sebastião Oliveira (Avante) devem protagonizar a cena eleitoral em Serra Talhada.

Apesar de ambos disputarem vagas em casas legislativas diferentes (Assembleia e Câmara) e de serem personagens de uma rivalidade que já dura uma década, o voto na dupla deve ser a opção de muitos serra-talhadenses.

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Em cenário favorável os dois serão eleitos. Já um cenário improvável, os dois não serão eleitos e possivelmente terão que ser acomodados em estrutura governamental nacional e ou estadual. Em uma conjuntura que se inicia com a eleição do ex-presidente Lula, o atual senador Humberto Costa (PT), poderia assumir um Ministério e deixar a vaga na Câmara Alta para o suplente, o advogado Waldemar Oliveira (Avante). Nessa hipótese, o irmão de Sebastião Oliveira passaria a ser o primeiro serra-talhadense a ocupar uma cadeira no Senado Federal.

Apesar dos contextos políticos de Luciano Duque, Sebastião Oliveira e do próprio Waldemar Oliveira serem incertos até o momento, o futuro da política local irá obrigatoriamente passar por eles. O fato é que a reeleição de Márcia Conrado, que tem tudo para ser favas contadas, poderá ser impactada por uma aproximação entre Duque e Sebá. Duque indica o candidato a prefeito e Sebastião o vice.

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Essa união já esteve perto de acontecer em 2016, mas a posição de Luciano Duque de não deixar o PT inviabilizou a aliança. A justificativa para essa união até agora improvável são as iniciativas de auxiliares de Márcia, que desde o ano passado passaram a entrar em rota de coalizão com Duque.

No debate entre setores do governo municipal com seus aliados está faltando habilidade e compressão sobre a leitura do que é “a política”. Sebastião que não é besta, apenas assiste uma disputa interna que mais parece um cabo de guerra. No final a corda vai acabar do lado mais forte. Mas que venha logo o mês de outubro trazendo novos ares e novas conjunturas políticas para um futuro vindouro, ainda que elas sejam na prática, improváveis e impossíveis.

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