DSC_0051Fotos: Alejandro García/Farol

Atualizado às 11h56 desta sexta-feira (16)

Dois homens armados entraram no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Serra Talhada (STR) na manhã desta sexta-feira (16), no centro da Capital do Xaxado, e levaram aproximadamente R$ 500 de pagamentos referentes à ONG Adessu Baixa Verde, de Triunfo. Os bandidos roubaram também bolsas, documentos pessoais e celulares de três funcionárias que realizavam o pagamento a cerca de 100 beneficiários que receberiam a última parcela de um convênio para construção de 1023 cisternas na região.

O valor unitário dos pagamentos é de R$ 159. Em conversa com o FAROL, o presidente do STR, Flaviano Marcus da Silva, disse que o assalto aconteceu por volta das 9h e pegou todos de surpresa. “Vamos estudar uma forma de ressarcir às pessoas e de garantir uma maior segurança no sindicato, mas os pagamentos eram referentes à ONG Adessu, que nos solicitou o espaço. Eles levaram cerca de R$ 500”, explicou.

A Polícia Militar informou que imagens de câmeras de segurança irão ajudar nas investigações. “As pessoas que realizaram este crime provavelmente devem ser do meio. Existem câmeras de segurança do lado de fora e vamos ver a possibilidade de identificar a placa do veículo dos assaltantes”, disse o soldado Alencar, alertando que o sindicato deve fazer um encaminhado ao 14º BPM solicitando apoio da PM quando realizar outros tipos de pagamentos.

DSC_0044Soldado Alencar conversa com testemunhas do assalto: “É preciso que façam um ofício à PM quando forem realizar pagamentos”, orientou o policial militar

Segundo testemunhas, os homens entraram no STR encapuzados e com blusas pretas. No meio de dezenas de agricultores, um deles apontou um revólver discretamente para mulheres que realizavam o pagamento das cisternas, enquanto um comparsa vigiava a porta. “Eles chegaram mesmo na hora que eu ia receber o dinheiro, aí botou o braço no meu peito e disse baixinho: ‘fique para trás que é um assalto’, aí eles levaram as bolsas”, relatou o agricultor Jorge Pereira, 50 anos.

Já a agricultora Célia Maria Margarida de Barros, 50 anos, disse que a ação dos bandidos foi tão discreta e rápida que ela sequer percebeu que estava bem no meio de um crime. “Quando eles chegaram eu estava assinando o documento para receber o dinheiro. Aí, quando devolvi o papel, já me avisaram que havia tido um assalto. Eu nem vi, mas acabei ficando nervosa depois”. Essa é a primeira vez que a sede do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Serra Talhada é alvo de criminosos armados.

DSC_0038O agricultor Jorge Pereira, 50, relatou que um dos bandidos pediu para que ele se afastasse para anunciar o assalto

DSC_0041A agricultora Célia Maria Margarida de Barros relatou que os bandidos foram discretos e nem percebeu a ação dos criminosos