Publicado às 05h47 desta terça-feira (26)

Por Maria Edwirgem, Professora serra-talhadense

Mês de todas as cores, de muitas nuances…da penumbra a tons brilhantes, do encontro indeciso do crepúsculo a luz trêmula, cambiante… palpitante em cada instante…mutante, elo entre o  perto e o distante!

Sias de largas e frutíferas inspirações, de tamanhas sensações e incômodas  hesitações… do último ao primeiro…de música e poesia, letra e melodia, de alquimia, na busca da cura, dos males físicos, da  disritmia constante, da aquietação do espírito… da paliativa analgesia  ou da suprema  anestesia…

Realidade, nem sempre rosa, nem mais ou menos generosa, um tanto prosa, diga- se de passagem, até teimosa, formosa, astuciosa e ansiosa pela vida, vã e… valiosa!

Tempo de valorizar o mote, de rimar com “se importe”, de leve ou bruscamente se dá um toque, apostar  no que virá, ou  embarcar num próximo bote… quem sabe, dar um crédito pra sorte !

Hora de contar as histórias, de batalhas e vitórias de pesares e glórias, de sorrisos cintilantes, de perdas doídas e lágrimas gritantes, de sonhos flutuantes  e coragem gigante, sem perder a candura e a essência , assim dou vivas as  aniversariantes…

A crença materializada em forma da Mãe Aparecida, compadecida, nunca envaidecida… a paz  por ela enaltecida… enxuga nosso pranto, no seu  sacrossanto Manto e livra-nos de qualquer quebranto…

É o Anjo da Guarda que faz a ponte, entre o Sagrado e o Profano, representa  a pureza da criança, que dança e  lança… a esperança … que  o amanhecer  se fará  presente, inédito, colorido e  perfumado , pronto pra ser vivido e reverenciado…

E nesse Outubro furta-cor, de sem igual calor, abrasador mas longe de qualquer bolor, com cheiro e gosto doce, de flor, onde a estrela de maior grandeza, num narcisismo de fazer inveja,  é protagonista ímpar, da sua própria beleza… que almas sejam aquecidas … e acalentadas!

Quem dera que, por ventura, além do contraditório e enigmático Arco-iris, esconda-se  um tesouro, não o fantástico pote de ouro, mas um outro, bem real  e de valor inestimável: a Cura da Humanidade, através do mais fascinante e fugaz, raio de luz, invadindo Mente, Corpo e Coração.

“Mora na filosofia, pra que rimar Amor e Dor?”