Publicado às 04h40 desta quinta-feira (24)

A dona de casa Maria Bruna Pereira da Silva, 32 anos, moradora do bairro Nossa Senhora da Conceição, em Serra Talhada, está consternada com um drama que vivenciou na Unidade Básica de Saúde do bairro na manhã dessa quarta-feira (23), quando buscava atendimento odontólogico para a filha de 6 anos. Segundo ela, o dentista se negou a atender a criança e chamou a polícia argumentando que a paciente tinha o desacatado. Segundo Maria Bruna, ela foi humilhada e não desacatou o profissional de saúde.

”O dentista disse que não ia atender porque eu estava falando dele do lado de fora sem eu falar e começou me humilhar e chamou a polícia dizendo que eu estava desacatando sem eu estar. Eu falei com os policiais e eles me mandaram ir à regulação para resolver. Ele me humilhou e humilhou minha filha. Quando chega uma pessoa mais arrumada, eles atendem de boa, mas quando chega uma pessoa mais simples, sem muita condição, eles querem humilhar”, disse, continuando:

”Esse dentista já está passando dos limites. O que eu falei fora foi que não queria que as estagiárias extraíssem o dente da minha filha porque já tinham feito uma restauração e ficou criando um abcesso no dente, queria que fosse o médico mesmo. Não sei o que disseram a ele lá dentro que ele disse que eu estava falando dele e não quis atender. Tem muita gente revoltada com esse doutor, as estagiárias ficam sozinhas na sala fazendo o serviço dele e ele perambulando pelo corredor”, lamentou.

MAIS UM ATENDIMENTO INSATISFATÓRIO

Durante a entrevista ao Farol, a dona de casa ainda relembrou um episódio que presenciou durante um atendimento do esposo há alguns meses, na mesma unidade de saúde, com o mesmo odontólogo. Após o paciente derrubar o material odontológico do médico sem intenção foi taxado de inútil diante de todos os presentes na ocasião.

”Ele é acostumado fazer isso, há alguns meses meu esposo foi fazer uma restauração com ele, o dente estava doendo, ele pediu para dar uma anestesia, mas o médico disse que não precisava. Mas, quando foi mexer começou doer muito, meu marido foi segurar na cadeira por causa da dor e sem querer bateu nas coisas dele e derrubou. O médico reuniu todo mundo que estava lá na sala e disse que não ia atender porque ele era um inútil, tinha derrubado as coisas e não tinha como esterilizar. Chamou meu marido de inútil na frente de todo mundo, depois disso ele não foi mais para esse médico”, afirmou Maria Bruna.

O OUTRO LADO

A reportagem do Farol expôs o caso a Ouvidoria Municipal de Saúde (OMS) que ficou de se manifestar, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma nota foi enviada à redação sobre o assunto.