Do G1
“Eu também me ajoelho nas ruas de Mianmar e peço que parem com a violência”, disse o Papa.
“Mais uma vez e com grande tristeza, sinto a urgência de evocar a dramática situação em Mianmar, onde muitas pessoas, especialmente jovens, estão perdendo a vida por oferecer esperança ao seu país”, disse Francisco ao fim de sua Audiência Geral no Vaticano.
Papa Francisco dentro da Basílica de São Pedro, no Vaticano, em foto de 14 de março de 2021 — Foto: Tiziana Fabi/Pool/Reuters
Papa Francisco dentro da Basílica de São Pedro, no Vaticano, em foto de 14 de março de 2021 — Foto: Tiziana Fabi/Pool/Reuters
ENTENDA: O golpe militar em Mianmar
O Exército de Mianmar derrubou o governo eleito em 1º de fevereiro, prendeu líderes políticos, fechou o acesso à internet e suspendeu os voos ao país.
O golpe ocorreu sem atos de violência e poucas horas antes da primeira sessão do Parlamento formado nas eleições de novembro.
Os militares bloquearam as estradas, derrubaram o sinal de internet e telefonia móvel em todo o país.
Eles detiveram lideranças civis como a Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, o presidente, U Win Myint, além de ministros, governadores, opositores, escritores e ativistas.
Desde então, protestos diários acontecem nas ruas das principais cidades deste país do sudeste asiático e são fortemente reprimidos pelas forças de segurança com o uso de armamento letal.