domaO secretário municipal de Cultura, Anildomá Willams de Souza, o ‘Domá’, avaliou que o fechamento da Casa do Artesão, localizada na concha acústica, anunciado esta semana, foi o resultado da falta de gestão do presidente da Fundação Casa da Cultura, Tarcísio Rodrigues.

Falando ao Programa Farol de Notícias, na rádio Vilabela FM, neste sábado (29), ‘Domá’ disse que o grande erro da entidade foi sempre esperar repasses da prefeitura e não correr atrás de alocar recursos em outras fontes para tocar as atividades da Casa.

‘Domá’ destacou ainda a existência de uma relação política divergente entre o gestor da Casa da Cultura e o prefeito Luciano Duque, fato que teria dificultado o desempenho da entidade nos últimos anos.

“Eu enxergo que faltou gestão para se fechar a Casa do Artesão. Se eu ocupasse o cargo [de presidente da Casa da Cultura] e fosse do lado oposto do prefeito, eu imediatamente entregaria o cargo e não deixaria as coisas irem se arranhando e gerando este desconforto. Querer culpar a Secretaria de Cultura? A Secretaria de Cultura fez a cidade avançar e muito! Na Secretaria temos militantes da cultura, lá a gente põe a mão na massa”, comparou ‘Domá’. Ele disse ainda que desconhece qualquer ação criada pela Casa da Cultura que esteja participando de projetos para receber subvenção federal ou estadual.

“Não quero fazer nenhum julgamento dessa questão da Casa da Cultura, de Tarcísio [Rodrigues]… da Casa do Artesão… A única coisa que eu falo com propriedade é que faltou gestão! Eu não conheço nenhum projeto para Casa da Cultura [de Serra Talhada] atrás de emenda parlamentar, participando [de editais] do Funcultura, levando projetos para o Ministério da Cultura, entrando nas plataformas que hoje é assim que se trabalha com projetos culturais”, ensinou ‘Domá’, reforçando:

“O tempo foi passando e modificando essa relação institucional de quem produz cultura e as instâncias que podem deliberar em favor da cultura. Acho que foi sim um erro do gestor da Casa da Cultura só esperar subvenção da prefeitura e não correr atrás de outros recursos. Neste momento nós estamos debruçados atrás de projetos e parlamentares, deputados federais e estaduais que possam – através das plataformas do Ministério da Cultura e Turismo – receber projetos para 2017, estamos correndo atrás, se mobilizando ligando, preenchendo formulários, é assim que se faz… do que ficar esperando somente do município.”

O secretário opinou ainda sobre o futuro da Casa da Cultura durante a entrevista e confessou que espera que o novo presidente que possa assumir a Fundação a partir de 2017 seja realmente um militante cultural.

 

‘Domá’ traçou diferenças entre os trabalhos da Secretaria de Cultura e da Casa da Cultura

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