Do JC Online

“Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar”, disse a presidente nacional do PT ao site Poder360, a senadora Gleisi Hoffmann, oito dias antes do julgamento do recurso do ex-presidente Luis Inácio Lula no caso do tríplex.

A segurança no entorno da sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, e dos magistrados envolvidos no julgamento são motivo de preocupação do presidente Thompson Flores, que se encontrou com a presidente do STF, a ministra Carmen Lúcia, nessa segunda (15) para tratar do assunto.

Gleisi espera a absolvição de Lula no TRF-4, condenado em 1ª instância pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A senadora também criticou o processo judicial ao afirmar que a sua condenação quer dizer que os juízes do TRF-4 “desceram para o play da política”. “No Play da política nós vamos jogar e vamos jogar pesado”, cravou.

Mesmo que Lula seja condenado no julgamento, enquanto todos os recursos da 2ª instância não se esgotarem, ele tem o direito de registrar a sua candidatura. O prazo para o registro ocorre período entre 20 de julho e 15 de agosto. Enquanto o pedido não é julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula pode fazer campanha normalmente e caso o TSE negue o registro, ainda cabe recurso. Até o julgamento final pela Justiça Eleitoral, sua candidatura permanece sub-judice.

“Essa condenação não tem nada a ver com a candidatura. A candidatura do Lula vai ser decidida na Justiça Eleitoral. Porque a candidatura só se resolve na Justiça Eleitoral. É em outra esfera. Não tem nada que nos impeça de registrar Lula como candidato no dia 15 de agosto”, garantiu a presidente do PT.

Plano B

O PT, segundo Gleisi, não avalia outras alternativas que não seja a de Lula como candidato a Presidência da República. “Como é que vai cassar o voto de 40, de 50 milhões de brasileiros?”, disse a senadora, em referência a estimativa de votos que o partido espera obter com o petista como candidato.