Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Por Folha de Pernambuco

Além da paralisação de 24 horas do Metrô do Recife, a quinta-feira (13) também começou complicada para quem depende de ônibus da Metropolitana. Isso porque rodoviários fecharam a garagem da empresa, localizado no bairro do Barro, na Zona Oeste da capital pernambucana. Ônibus não circularam e terminais como o TI Barro registraram longas filas de passageiros.

O protesto foi encerrado às 7h25 após tratativas que contou com agentes do Grande Recife Consórcio de Transporte.

O fechamento da garagem foi promovido pelo Sindicato dos Rodoviários, que reclama de valores descontados de profissionais que paralisaram atividades entre setembro e outubro de 2020, em protesto à implantação da dupla função de motorista e cobrador.

Segundo o sindicato, a empresa conseguiu na Justiça que fossem compensadas as horas das paralisações. A categoria alega que a Metropolitana deve informar quem eram os participantes, em que dias participaram e por quanto tempo ficaram parados.

O que diz a Metropolitana
Em nota, a Metropolitana disse que o sindicato “impediu ilegalmente a saída da frota da empresa, comprometendo a operação de 52 linhas e prejudicando toda a população usuária do serviço”.

“A paralisação ocorreu sem qualquer pré-aviso e agride não só o direito dos usuários do transporte público como toda a legislação que regulamenta o direito de greve e de prestação de serviços essenciais”, afirmou a empresa.

A Metropolitana também afirma que rodoviários participaram da assembleia realizada, na quinta-feira pelos metroviários. “A articulação entre o Sindicato dos Metroviários e o Sindicato dos Rodoviários para impedimento da prestação de serviço por ônibus comprova a motivação política do movimento e o descaso com a população e a economia local”, completa a rodoviária.

A empresa completa a nota dizendo que:

Sobre o suposto argumento apresentado pelo Sindicato dos Rodoviários para realizar as paralisações desta semana, a Metropolitana reitera que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou o dissídio coletivo referente às paralisações ilegais promovidas pelo sindicato em 2020, considerou a greve abusiva e autorizou a COMPENSAÇÃO das horas paradas dos trabalhadores envolvidos na referida greve que foi promovida com violação à Lei 7.783/1989.

Em estrito cumprimento ao acórdão do TST, a empresa COMPENSOU a quantidade de horas não trabalhadas, apenas dos empregados que promoveram a suspensão dos serviços na greve considerada abusiva pela Corte Superior do Trabalho, o que demonstra que a ação do sindicato em impedir a saída da frota da Empresa Metropolitana é a repetição de mais uma ilegalidade e de evidente abuso de direito. A empresa destaca ainda que apenas 39 dos 550 motoristas precisaram compensar horas não trabalhadas.

A Metropolitana tomará as medidas cabíveis para evitar que eventos como este de hoje, que também descumprem a Lei 7.783/1989, continuem provocando transtornos aos nossos clientes.