Parlamento de Israel aprova lei que limita poder judiciário

Do Jornal Hoje / Foto: Reprodução / Estadão

Após meses de protestos por todo o país, o parlamento de Israel aprovou nesta segunda-feira (24) com 64 votos uma lei que limita os poderes do judiciário. Essa lei faz parte da maior reforma da história do sistema judiciário do país e dá mais poderes ao parlamento em detrimento da suprema corte.

A oposição protestou contra o projeto de lei, resultando até mesmo na retirada de alguns políticos do parlamento por seguranças. Enquanto isso, a base governista comemorava a vitória e tirava selfies para registrar o momento. Essa situação tem chamado a atenção internacional (saiba mais abaixo).

Veja também:   Homem morre com R$ 7,6 mil ao lado do corpo
Foi uma vitória para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que fez questão de acompanhar pessoalmente a votação. Ele foi até o parlamento menos de 24 horas depois de receber alta do hospital. Onde fez um procedimento cardíaco de emergência e colocou um marca-passo. Ele alega que a oposição quer levar Israel à anarquia.

A oposição acredita que a medida pode abrir um precedente autoritário, levando ao extremismo político e religioso, colocando em risco a democracia no país e a defesa dos direitos humanos. Atualmente, o parlamento é o mais conservador da história de Israel.

“Estamos aqui para proteger nossa democracia, não tivemos outra escolha a não ser ir para a desobediência, mas que não é violenta”, conta um estudante enquanto é detido pelos policiais.

Dezenas de empresas e bancos israelenses convocaram uma greve em protesto à reforma judicial, demonstrando a amplitude da insatisfação com a decisão do parlamento israelense.

Os Estados Unidos acompanham com preocupação o que acontece em israel. Por telefone, o presidente Joe Biden pediu que Benjamin Netanyahu busque consenso e que não se apresse com as reformas do sistema judiciário. Ainda no fim da manhã desta segunda, o porta-voz do conselho de segurança nacional da casa branca disse que o governo americano considerou lamentável a decisão do parlamento israelense.