Do G1

partido anti-establishment Movimento 5 Estrelas e siglas de direita estão tentando fechar um acordo para decidir quem deve ser indicado como presidente das duas Casas do novo Parlamento da Itália, que terá sua primeira sessão na próxima sexta-feira.

Mas a tarefa muito mais árdua de criar um possível governo de coalizão ainda tem que começar, e fontes políticas dizem que negociações sérias podem ter que esperar até depois das eleições regionais marcadas para o final de abril.

As decisões sobre quem deve presidir a Câmara e o Senado são vistas muitas vezes como precursoras de eventuais acordos de formação de governo, mas a votação de 4 de março criou uma Legislatura tão confusa que ninguém está apostando em pactos futuros.

“Não acho que seja possível prever um resultado (para o governo), e qualquer um que diga que tem a solução e sabe como esta história terminará está mentindo”, disse Giovanni Orsina, professor de história da Universidade Luiss de Roma.

Uma aliança conservadora, incluindo a Liga de extrema-direita e a Força Itália do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, emergiu como o maior bloco unificado na eleição, enquanto o 5 Estrelas se tornou o maior partido do país.

Acordo informal
Os contatos iniciais entre estes dois grupos vencedores resultaram em um acordo informal graças ao qual um político do 5 Estrelas deve ser eleito como presidente da Câmara dos Deputados e a direita deve ocupar a liderança do Senado.

Se tudo for de acordo com o plano, os novos presidentes das duas Casas devem ser escolhidos até o início da semana que vem, abrindo caminho para o presidente italiano, Sergio Mattarella, iniciar consultas formais para a criação de um novo governo.

Indicado pelo bloco conservador
Mas o pacto de escolha dos líderes das duas Casas do Parlamento ainda pode fracassar, já que inicialmente o bloco conservador propôs Paolo Romani, veterano da Força Itália condenado por desfalque, como candidato para a Presidência do Senado.

O 5 Estrelas, cujo slogan é ‘Honestidade’, rejeitou seu nome, e ainda não está claro se votará a seu favor. Se não o fizer, a votação do presidente da Câmara, que ocorre na esteira da votação para o presidente do Senado, se torna uma incógnita, prolongando o processo como um todo.