
Com informações da CNN Brasil
O devastador terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar na última sexta-feira (28), deixou um rastro de destruição e mais de 2700 mortos até o momento, segundo balanço divulgado pelo líder militar Min Aung Hlaing. O número de vítimas, no entanto, pode ultrapassar 3 mil, com 4.521 feridos e 441 desaparecidos. O tremor, o mais forte no país em um século, destruiu templos históricos, edifícios e deixou milhares desabrigados, enquanto a guerra civil dificulta os esforços de resgate.
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Cenário de destruição e desafios para a ajuda humanitária
O terremoto, que ocorreu próximo ao horário do almoço, causou colapsos em diversas regiões, incluindo a cidade de Mandalay, onde 50 crianças e dois professores morreram após o desabamento de uma escola, de acordo com a ONU. Comunidades afetadas enfrentam escassez de água potável, alimentos e abrigo, enquanto equipes de emergência trabalham contra o tempo para encontrar sobreviventes sob os escombros.
Sobreviventes dormem ao relento, com medo de tremores secundários. Estradas e pontes danificadas impedem a chegada de ajuda e conflitos entre a junta militar e grupos rebeldes bloqueiam o acesso a áreas críticas.
Guerra civil agrava a crise humanitária
Desde o golpe militar de 2021, Mianmar vive uma guerra civil que já deslocou milhões de pessoas. Agora, a junta é acusada de impedir a distribuição de ajuda em regiões controladas por rebeldes. A Anistia Internacional alertou que o exército tem histórico de negar assistência a áreas de resistência, exigindo que as autoridades “permitam acesso imediato a todas as organizações humanitárias”.
Enquanto isso, relatos indicam que a junta realizou ataques aéreos após o terremoto, aumentando o caos. O Comitê Internacional de Resgate (IRC) destacou a urgência de medicamentos, água e alimentos, principalmente em Mandalay, próxima ao epicentro.
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Tailândia também afetada
Na vizinha Tailândia, equipes de resgate buscam sobreviventes em um arranha-céu desabado em Bangkok, mas admitem que as chances diminuem a cada hora. Apesar da tragédia, uma cúpula regional marcada para esta semana na capital tailandesa deve ocorrer como planejado, com a possível participação virtual do líder da junta birmanesa.