Foto: Arquivo Farol de Notícias
Publicado às 04h48 desta quinta-feira (5)
Após a rebelião da Cadeia Pública de Serra Talhada, as entidades de direitos humanos se manifestaram sobre o ocorrido na última segunda-feira (2).
Em entrevista ao FAROL, o professor, presidente do Psol no município e membro da Pastoral Social do grupo Fé e Política Dom Francisco, Ari Amorim, defendeu que o sistema carcerário municipal precisa de uma nova estrutura e as instituições devem se unir para resolver a situação.
“Estava lá acompanhando as famílias e vimos uma situação de calamidade pública, insegurança, ausência de atenção a quem está numa situação prisional e precisa de tratamento. No dia da rebelião fiquei até às 21h45 me solidarizando com as famílias, oferecendo apoio e algumas pessoas passaram o dia lá e não tinham sequer almoçado”, relatou.
Para o militante, apenas a reforma da cadeia não é suficiente para sanar os problemas do sistema prisional. Ari defendeu a criação de um novo espaço aliado a criação de um Conselho Municipal de Segurança Pública.
“Com várias organizações da área para buscar soluções comuns, apontar caminhos de humanização e melhoria o sistema prisional. E mais do que uma reforma, é refazer a Cadeia de Serra Talhada. Porque é um espaço já obsoleto que não atende com dignidade as pessoas que ali se encontram, independentemente dos seus erros”.
SISTEMA CARCERÁRIO
Ainda de acordo com Ari, o sistema carcerário no Brasil como um todo é desumano e não tem ressocializado ninguém, o que leva a Pernambuco e Serra Talhada seguirem modelos ultrapassados.
“São 726 mil encarcerados no Brasil, o que só tende a aumentar a desigualdade social, a falta de reinserção social, e a má distribuição de renda. Estamos vivendo hoje o aumento da violência a desumanização nos presídios e a falta de uma política que dê prioridade a um verdadeiro Pacto Pela Vida”, argumentou.
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