Da Revista Forum

Paulinho da Força é alvo de operação da Polícia FederalO presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, foi alvo de uma operação da Lava Jato na manhã desta terça-feira (14), em São Paulo e Brasília.

De acordo com as investigações, foram constatados indícios de recebimento de doações eleitorais não oficiais durante as campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$1,7 milhão.

Ao todo, a Polícia Federal cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas duas cidades. Agentes estão na sede da Força Sindical, no bairro da Liberdade, assim como no gabinete do deputado e em seu apartamento funcional em Brasília. Um escritório de advocacia também é alvo de investigações.

A operação Dark Side, deflagrada em conjunto com o Ministério Público Eleitoral (MPE), mira esquemas de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral. Paulinho da Força e demais investigados foram alvo de um bloqueio de bens relacionado ao período investigado.

Em junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia condenado o deputado a 10 anos e 2 meses de prisão por desvio de verbas do BNDES, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os ministros também determinaram a perda do mandato de Paulinho da Força e sua interdição para exercício de cargo ou função pública.

O partido do deputado atualmente integra a nova base de apoio do presidente Jair Bolsonaro. No começo do ano, Paulinho da Força denunciou uma das tentativas do ex-capitão de comprar o apoio de partidos do centrão para derrubar o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Bolsonaro teria perguntado se ele e demais líderes do centrão reforçariam sua retaguarda na eventualidade da saída do ministro. “Me ofereceram o porto de Santos e eu não vou aceitar, não vou para o governo uma hora dessas. O ideal agora é fazer um entendimento entre Maia e Bolsonaro e garantir a governabilidade”, afirmou o parlamentar.