Do JC Online

O Estado de Pernambuco confirma a terceira morte por chicungunha em 2023.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a vítima é um homem de 64 anos, que era fumante e morava em Igarassu, município da Região Metropolitana do Recife.

Ele faleceu, por complicações da infecção pelo vírus chicungunha, no dia 1º de abril, mas a confirmação só foi divulgada após o caso ter passado por investigação.

Com isso, a confirmação aparece no último boletim epidemiológico de arboviroses da SES-PE, correspondente à 21ª epidemiológica, que terminou no dia 27 de maio.

Em abril, Pernambuco já havia confirmado dois óbitos por chicungunha.

Um deles era morador do Recife. Tinha 33 anos e apresentava comorbidades: cardiopatia e hipertensão. Ele foi a óbito no dia 26 de fevereiro.

A outra vítima era um homem de 50 anos. Ele morava em Paulista, município do Grande Recife, e convivia com diabetes. Ele foi a óbito no dia 5 de janeiro.

As mortes por arboviroses, quando notificadas à SES-PE, passam por um processo de investigação para a confirmação, o que demanda tempo. Por isso, os óbitos provocados por dengue, chicungunha ou zika não são atestados de imediato.

Os dados apresentados no boletim epidemiológico da 21ª semana ainda revelam que este ano Pernambuco, até o dia 27 de maio, notificou 13.387 casos suspeitos de dengue, 3.359 de chicungunha e 546 de zika.

Desse total, foram confirmados 1.362 casos de dengue e 372 e chicungunha. Não há confirmação de caso para zika.

Entre os casos notificados de arboviroses, 144 eram mulheres gestantes com sintomas de infecções transmitidas pelo Aedes aegypti. Dessas, 70 realizaram coleta para análise laboratorial, totalizando 201 exames. Desse total, 16 obtiveram resultado positivo para dengue e 4 para chicungunha.

CHICUNGUNHA SEQUELAS PERMANENTES

Em mais de 50% dos casos de chicungunha, a artralgia (dor nas articulações) torna-se crônica, podendo persistir por anos.

Em casos de sequelas mais graves, e sob avaliação médica conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia.

O QUE A CHICUNGUNHA PODE CAUSAR?

Veja abaixo 11 sintomas da chicungunha mais comuns: 

  1. Febre
  2. Dores intensas nas articulações
  3. Dor nas costas
  4. Dores pelo corpo
  5. Erupção avermelhada na pele
  6. Dor de cabeça
  7. Náuseas e vômitos
  8. Dor retro-ocular
  9. Dor de garganta
  10. Calafrios
  11. Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças)

Quando evolui com gravidade, a chicungunha pode levar a manifestações atípicas no sistema nervoso (meningoencefalite, encefalopatia, convulsão, síndrome de Guillain-Barré, entre outras), cardiovascular (miocardite, pericardite, insuficiência cardíaca), pele, rins (insuficiência renal aguda) e outros problemas.

COMO TRATAR CHICUNGUNHA?

De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da chicungunha é feito de acordo com os sintomas.

Até o momento, não há tratamento antiviral específico para chicungunha.

É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes e a escolha dos medicamentos devem ser realizadas após a avaliação do paciente, com aplicação de escalas de dor apropriadas para cada idade e fase da doença.

Em caso de suspeita, com o surgimento de qualquer sintoma, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico e prescrição dos medicamentos, evitando sempre a automedicação.

É importante frisar que a automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Somente um médico pode receitar medicamentos.