medico1-225x150A atitude de uma médica de Porto Alegre está causando polêmica nas redes sociais e provocando um debate sobre qual deve ser a postura de um profissional da saúde com relação a pacientes que não compartilham de sua posição ideológica, principalmente em tempos de crise política e de ânimos exaltados.

Há duas semanas, um dia após a nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil e a divulgação da conversa entre ele e a presidente Dilma Rousseff, a pediatra Maria Dolores Bressan enviou uma mensagem de texto a Ariane Leitão informando que estava “declinando, em caráter irrevogável”, de continuar atendendo seu filho de 1 ano.

Ariane é filiada ao Partido dos Trabalhadores. Foi secretária de Políticas Públicas para Mulheres na gestão do ex-governador Tarso Genro, também do PT. Hoje, ela é suplente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Segundo Ariane, seu filho se consultava com a médica desde o primeiro mês de vida, por meio do plano de saúde.

“Depois de todos os acontecimentos da semana e culminando com o de ontem, onde houve escárnio e deboche do Lula ao vivo e a cores, para todos verem (representante maior do teu partido), eu estou sem a mínima condição de ser Pediatra do teu filho. Poderia inventar desculpas, te atender de mau humor, mas prefiro a honestidade que sempre pautou minha vida particular e pessoal”, diz a mensagem enviada pela médica à mãe da criança.

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