Por Folha Pe
Edson Arantes do Nascimento, o “Pelé”, consagrado como lenda ao longo de sua carreira no futebol, protagoniza mais um marco histórico. Seu apelido se tornou, nesta quarta-feira (26), uma das mais de 167 mil palavras incluídas no dicionário Michaelis, um dos mais populares da Língua Portuguesa.
A palavra, que já era utilizada coloquialmente no Brasil como sinônimo de extraordinário, a partir de agora pode ser usada pelos mais de 265 milhões falantes do idioma. “Excepcional, incomparável, único” são os significados — agora oficiais — do adjetivo “Pelé”.
Além de explicar o significado, “que ou aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada nem a ninguém”, como Pelé®, apelido de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), considerado o maior atleta de todos os tempos”, o Michaelis também dá exemplos de uso: “Ele é o pelé do basquete, ela é a pelé da dramaturgia brasileira, ele é o pelé da medicina”.
Em publicação no Instagram, a Fundação Pelé celebrou a inclusão da palavra no dicionário: “A expressão que já era usada para se referir ao melhor naquilo que faz está eternizada nas páginas do dicionário!”, publicou.
No momento, o vocábulo apenas está disponível na versão digital do glossário, acompanhado do símbolo de marca registrada, ainda que a empresa pretenda incluí-lo em suas futuras edições impressas.
A Academia Brasileira de Letras (ABL), que rege o português no Brasil, onde vivem 215 milhões de lusófonos, não introduziu a palavra em sua versão digital.
A inclusão do qual muitos consideram o melhor jogador de futebol da história é o resultado de uma campanha lançada em conjunto, em 14 de abril, pela Fundação Pelé, pelo SporTV e pelo Santos, clube onde jogou a maior parte de sua carreira.
Segundo os organizadores, foram mais de 125 mil assinaturas recolhidas em um mês e meio na iniciativa “Pelé no dicionário”, que ocorre em momentos em que a América do Sul ainda homenageia o único jogador tricampeão mundial (1958, 1962 e 1970), falecido em 29 de dezembro, em São Paulo, por complicações de um câncer de cólon.
O Brasileirão e as Copas Libertadores e Sul-Americana realizam minutos de silêncio antes do início das partidas em honra ao homem que internacionalizou o futebol do Brasil.