(Do Blog de Jamildo)

Acostumado a responder ao questionamento de leitores na rede social, o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) utilizou o Facebook para dizer que não tem medo de enfrentar o PT ou qualquer outro partido na eleição de outubro próximo. “Não temos medo de partido nenhum porque quem tem argumentos, propostas e apoio da população – 66% do Brasil quer mudanças – não deve ter medo”, escreveu, em resposta a uma internauta que questionou se ele teria medo do PT em comentário a uma postagem na página oficial do governador na rede social. Campos deve disputar o Planalto contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

“Quem tem medo é quem não quer que as coisas mudem, porque vão mudar”, escreveu ainda o governador, em resposta ao questionamento. A declaração ocorreu nesse sábado (11). “Continua com medo do PT… Não diz o que deve”, afirmou a mesma internauta em outro comentário. “O que acha que deve ser dito? Acusação contra o partido A ou B? Ataques? Agressões? Como isso vai ajudar a construir um país melhor? Preferimos gastar nosso tempo, e o de vocês, para discutir propostas, apresentar resultados, debater o que queremos para o Brasil”, rebateu o governador.

A última declaração pode ser interpretada também como uma resposta ao PT, que publicou no próprio Facebook um texto com críticas pesadas ao pernambucano na última terça-feira (7). Sem apresentar o autor, o texto classifica Campos como “tolo” e “playboy mimado” que teria vendido a alma à oposição. Em certo momento, a publicação afirma ainda que o ex-governador Miguel Arraes, avô do presidenciável, morreria de desgosto caso vivesse hoje. Herdeiro político, Campos tem o avô como fonte de inspiração.

Em resposta publicada na mesma rede social, o governador afirmou que não se pronunciaria sobre o “ataque covarde”. Já o PSB criticou “a forma desrespeitosa, patética e desqualificada com a qual o Partido dos Trabalhadores está tentando conduzir o debate pré-eleitoral em 2014”. Líder do partido na Câmara Federal, o deputado Beto Albuquerque passou a defender que o partido se coloque mais à oposição no Congresso Nacional. O PSB é tido como “independente” desde setembro, quando entregou os cargos que possuía no Governo Federal para começar a construir a candidatura presidencial de Eduardo Campos.