O presidente do Instituto de Previdência de Serra Talhada (IPPST) Jânio Carvalho, revelou, durante entrevista a uma emissora de rádio local nesta sexta-feira (1º), que pensou em deixar o cargo por três vezes devido a enxurrada de críticas sobre sua gestão à frente do órgão. Carvalho deixou transparecer que sair por conta própria da direção do Instituto será algo difícil de acontecer, e que o comando do IPPST seria uma espécie de prêmio por tudo que fez durante o período eleitoral.

“Já pensei três vezes em sair do cargo, mas eu tenho responsabilidade com o governo Luciano Duque, porque eu fui um dos que mais trabalhou para que ele fosse eleito. Ninguém trabalhou mais do que eu para isso. No dia da eleição, fui para o distrito de Santa Rita onde fiquei de 7h até 19h trabalhando, e com meu voto, o voto da minha esposa, dos meus irmãos, dos meu sobrinhos…”, gabou-se.

O gestor fez questão de jogar a polêmica da vez, o aumento da alíquota da previdência, na responsabilidade de todos os vereadores de Serra Talhada. E fez um apelo para que o projeto seja votado penalizando o servidor municipal da ativa com a elevação da taxa em 2,5% nos salários. “O futuro de todos está nas mãos dos vereadores de Serra Talhada”, se esquivou. O projeto do prefeito Luciano Duque é um dos mais polêmicos que já chegou à Casa Joaquim de Souza Melo e deve ser votado nas próximas semanas.

Jânio se defendeu ainda sobre insinuações de que teria desviado o dinheiro da previdência municipal. “O Ministério Público nunca me denunciou. Eu venho sendo criticado e vilipendiado pelo povo e pela oposição, que acham que eu peguei dinheiro (da previdência), mas em nenhum momento eu pego nesse dinheiro, porque ele é repassado diretamente para conta da previdência, que é a conta 299 na Caixa Econômica Federal.”

O gestor rebateu ainda acusações de que sua administração estaria pendente junto à Justiça. “Olhe, hoje na Justiça não respondemos a nenhum processo. Temos problemas junto ao Tribunal de Contas do Estado na prestação de contas de 2007, onde eu fui acusado de não cobrar da Prefeitura um repasse em algo entorno de R$ 154 mil, mas eu enviei ofício e mostrei que – além de cobrar, fizemos uma confissão de dívidas, que foi paga dividida em 36 meses”, se explicou.